7 coisas que podem te
fazer morrer mais cedo
Não estamos falando de dirigir
bêbado, aceitar aquele desafio idiota do seu amigo de pular de uma ponte ou
comer aquela carne estragada na sua geladeira há meses. Tem coisas que te matam
silenciosa e misteriosamente, e você jamais vai perceber o perigo vindo.
1. Não ter amigos
A
falta de amigos pode literalmente encurtar a vida humana, tanto quanto
assassinos seriais, tabagismo e consumo de álcool. Na verdade, os efeitos do
isolamento social até superam alguns dos fatores de risco conhecidos da
mortalidade precoce, como obesidade e falta de exercício.
Estudos anteriores
culparam este fenômeno de morte prematura na solidão. Estar sozinho é muito ruim
e não é segredo que afeta a saúde. Porém, pesquisas mais recentes sugerem que,
independente de seus sentimentos sobre isso, o isolamento por si só pode te
matar. Um estudo com idosos no Reino Unido feito em 2013 constatou que, embora
simplesmente relatar sentimentos de solidão não teve efeito sobre a
probabilidade de morrer mais cedo, o isolamento social levou a maior
probabilidade de morrer: um aumento de 26% quando comparado com outros idosos da
mesma faixa etária mais sociais.
Parte disso é óbvio: se você evita outros
seres humanos, ninguém vai te avisar de uma protuberância crescendo na parte de
trás do seu pescoço ou chamar uma ambulância se você estiver sufocando.
Mas
também existem causas físicas por trás da morte associada com a solidão. O
contato físico entre os seres humanos reduz o estresse e a inflamação,
melhorando a saúde. Além disso, a maioria tende a cuidar melhor de si mesma
quando vive com outras pessoas por perto.
2. Depressão
Claro, depressão leva
a um maior risco de suicídio, mas a doença por si só pode ser
tão ruim a ponto de aumentar suas chances de morrer mais cedo. Depressão
recorrente pode diminuir sua expectativa de vida em até 11 anos – mais ou menos
a mesma quantidade de vida que você perderia por fumar 20 ou mais cigarros por
dia.
Cientistas analisaram os efeitos da condição sobre o corpo humano em um
nível celular, medindo os telômeros (a parte dos seus cromossomos que reduz com
a idade celular, ou seja, fica menor conforme a célula fica mais velha e
desgastada) de três grupos de pessoas: um que nunca tinha ficado depressivo, um
que tinha tido transtorno depressivo grave no passado, e um que estava
depressivo naquele momento.
Quanto mais grave a depressão de uma pessoa era,
mais curtos eram seus telômetros. Quanto mais curtos os telômeros são, mais a
pessoa está em risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas com a
idade, como doenças cardíacas e câncer.
-
Seja mais feliz para viver maisA culpa aqui parece ser do efeito que a
depressão tem sobre o sistema imunológico, bem como a inflamação que causa.
3. Não escovar os dentes
Metade dos adultos dos EUA possui doença
periodontal, que afeta os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento,
ligamento periodontal e osso) dos dentes. Também, um estudo brasileiro de 1993
mostrou, através de uma revisão da literatura dos levantamentos epidemiológicos
até então realizados, que 86,7% do total de indivíduos examinados apresentavam
atividade de doença periodontal.
Agora vem a pior parte: há muito tempo os
cientistas sabem que há uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca,
também conhecida como a maior assassina de pessoas do mundo.
Antes, no
entanto, não sabíamos se essa ligação era realmente causal, ou se apenas as
mesmas atividades colocam as pessoas em risco para doenças da gengiva e do
coração, como má alimentação.
Agora, há pelo menos alguma evidência de que
negligenciar as suas gengivas pode estragar seu coração diretamente. Esse ano,
pesquisadores infectaram camundongos com vários tipos de bactérias que causam a
doença periodontal, e acompanharam a propagação das bactérias – que chegou a
seus corações. Os camundongos começaram a mostrar um aumento nos fatores de
risco para doenças cardíacas, como inflamação e colesterol. Estes ratos não
estavam fazendo qualquer outra coisa para colocá-los em risco de doenças
cardíacas, como má alimentação ou estresse. Isto sugere que as bactérias por si
só podem ser suficientes para afetar a saúde de seu coração. Conclusão: use fio
dental.
4. Nascer no mês errado
De acordo com um estudo feito pela Universidade
de Chicago (EUA), pessoas que vivem até os 100 anos são mais propensas a ter
nascido no outono (em setembro ou outubro, no caso dos EUA). Outros estudos
feitos na Áustria e Dinamarca também encontraram o mesmo pequeno aumento na
expectativa de vida para bebês nascidos nos meses de outono, enquanto no
hemisfério sul (como aqui no Brasil) é mais provável que você viva mais tempo se
tiver nascido em março, abril ou maio.
Bebês que nascem no outono não só
vivem mais como parecem se sair melhor no geral. Bebês nascidos na primavera são
mais propensos a sofrer de transtornos alimentares, diabetes tipo 1 e
esquizofrenia que bebês do outono, por exemplo.
Ninguém sabe ao certo por que
isso ocorre, mas uma teoria é que os níveis de vitamina D durante a gravidez
afetam a saúde dos bebês. As pessoas costumam obter a maior parte de sua
vitamina D através da luz solar, o que significa que, no momento de dar à luz,
mães de bebês que nasceram no outono passaram os últimos seis meses tomando sol.
Bebês da primavera passaram a maior parte de sua gestação durante os meses mais
escuros, ou seja, suas mães não tomaram tanto sol e tiveram tanta vitamina D, o
que de alguma forma afetou o seu desenvolvimento e saúde a longo prazo.
Outro
possível fator é a dieta. Nos estudos feitos, as pessoas que “viveram mais de
100 anos” eram em sua maioria nascidas na década de 1890, quando coisas como
refrigeração e transporte de alimentos não eram tão comuns. Assim, bebês
gestados durante os meses mais quentes, quando as frutas e legumes eram mais
facilmente disponíveis, foram melhor nutridos do que os bebês cujas mães
dependiam de uma dieta mais limitada de inverno. Nesse caso, o mês de nascimento
não é exatamente o fator chave. Mas ainda assim há uma lição importante aqui: se
sua mãe não se alimentar direito durante sua gestação, você não vai viver
tanto.
5. Ficar muito tempo sentado
Um estudo que pesquisou a rotina de mais de
222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos descobriu que pessoas que
passam muito tempo
do seu dia sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar
a própria vida.
- Ficar sentado pode te matar de 7 formas
diferentesSegundo os cientistas, isso se aplica àqueles que realmente
abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre
oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.
As principais evidências para
explicar por que isso acontece são as mesmas que se verificam no sedentarismo:
exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a
pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado
em si, mas o de não se mover.
Não tem jeito: se você está procurando uma
desculpa para não se exercitar, provavelmente não vai encontrar nenhuma.
6. Ver muita TV
Esse é um item muito similar ao acima. Dados de oito
estudos recentes com mais de 175 mil pessoas em todo o mundo sugerem que,
quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma
série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais
cedo.
Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as
pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes
tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada
três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa vai para 13%, em
média.
O aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é
semelhante ao aumento de risco que vemos com colesterol alto, pressão arterial
alta ou tabagismo.
A conexão entre a TV e doenças não é um mistério: assistir
TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou
mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco
saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos
(que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em
comerciais de televisão).
Além disso, alguns estudos sugerem que a postura
sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício
físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau
colesterol e obesidade. Em resumo: saia do sofá!
7. Tomar refrigerante
Normal, diet, light ou zero, todos os
refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao
refrigerante seu sabor típico e aumenta seu tempo de validade. Embora exista em
muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em
excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose,
e um estudo sugere que poderia até
provocar envelhecimento acelerado.
O estudo, publicado em
2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram
com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos
cujas dietas tinham níveis normais de fosfato.
Pior: houve uma tendência
preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido
fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.
Esqueça obesidade e
outros problemas de saúde que os refrigerantes causam. Se você quer mesmo um bom
motivo para parar de tomá-lo, está aqui: ele pode te fazer morrer mais cedo! [
Cracked,
Chambrone]
Autor: Natasha Romanzoti tem 25 anos,
é jornalista, apaixonada por esportes, livros de suspense, séries de todos os
tipos e doces de todos os gostos.