segunda-feira, 17 de abril de 2017



Alzheimer

Um homem atropelado,
No hospital foi socorrido
Não sofreu de nada grave:
Só um joelho ferido.

O médico, entretanto,
Falou ao homem, com jeito,
Para ele descansar
Ali num pequeno leito.

“-Não posso, caro doutor,
Eu já demorei demais.
Mamãe está com Alzheimer
E nem me conhece mais”.

“Então, pra que esta pressa,
Se ela não o reconhece?
Fique aqui mais um pouquinho,
Descanse e não se apresse.”

 “Já disse, doutor, não posso.
Irei embora e a pé
Ela não me reconhece,
Mas eu sei quem ela é”.

Obs: o poema acima foi baseado numa mensagem recebida de um amigo meu.


Geraldo de Castro Pereira

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