quinta-feira, 29 de junho de 2017



                           MAL  DE  ALZHEIMER


Não me peça para lembrar,
Não tente me fazer entender,
Deixe-me descansar
e saber que você está comigo.
Beije minha face e segure minha mão,
Estou confuso além da minha compreensão.
Estou triste e doente e perdido…
Tudo que sei é que preciso
que você esteja comigo a todo custo!
Não perca a paciência comigo,
Não xingue nem maldiga meu pranto.
Não posso evitar o jeito como estou agindo,
Não dá para mudar, ainda que eu tente…
Basta lembrar que eu preciso de você,
Que o melhor de mim já se foi…
Por favor, não deixe de ficar ao meu lado!
Dê-me seu amor,
até que minha vida se acabe.
                 
                Autor Desconhecido


sexta-feira, 23 de junho de 2017



      PAI NOSSO!

      Pai nosso que estais na terra, na água, no fogo e no ar.
Pai nosso que estais nas flores,no canto dos pássaros no coração a pulsar. Que estais na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.
Pai nosso que estais em mim, naquele que eu amo, naquele que me fere e naquele que busca a verdade.Pai nosso que estais naquele que busca a sua verdade.
Pai nosso que estais naquele que já partiu, deixando minha alma ferida pela saudade.
     Santificado seja o teu nome por tudo que é belo, bom, justo e gracioso. Por toda a harmonia da criação, seja santificado por minha vida, pelas oportunidades que são tantas, por aquilo que sou, tenho, sinto e por me conduzir à perfeição.
    Venha a nós o teu reino de paz, justiça, fé, caridade, luz e amor. Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espirito, reflexo da grandeza interior.
    Seja feita a tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais meu orgulho do que minhas reais necessidades, ainda que muitas vezes eu não compreenda mais o silêncio em respostas às minhas preces. Não te ouvindo assim dizer, filho, aguarda, pois tua é toda a eternidade.
    O pão nosso de cada dia me dê hoje e que eu possa dividi-lo com meu irmão. As condições mateeriais que ora tenho de nada servem, se não me lembro de quem vive na aflição.
    Pão do corpo, pão da alma, pão que é vida, verdade e luz, pão que vem trazer todo alento e alegria.
Perdoa as minhas ofensas, os meus erros e minhas faltas, perdoa quando se tornar frio o meu coração, quando permito que o mau se exteriorize na forma de agressão, ainda que verbal.
     E que mais do que falar, que eu saiba ouvir.Que, ao invés de julgar que eu busque a colher, que não cultivando a violência, eu busque a paz.,Que, dizendo não às exigências em demasia, possa a todos agradecer.
      Perdoa-me assim como eu perdoo aqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração estiver ferido pelas amarguras e o dissabor da ingratidão, possa eu, senhor da vida, lembrar de que nenhuma mágoa é eterna e que o único caminho que me torna sublime é a humilde estrada da reconciliação.
      Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo, que me torna escravo da minha malevolência. Antes, que tua luz esteja sobre mim, iluminando-me para que eu te encontre dentro de minha alma como parte que és da minha essência e livra-me de todo o mal, de toda violência, de todo o infortúnio e de toda a enfermidade, livra-me de toda dor, de toda a mágoa e de toda desilusão, mas ainda assim quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: obrigado Pai por mais essa lição. Amém!


Fonte:Google

domingo, 18 de junho de 2017

O Fósforo  e  a  Vela


Autor: Geraldo de Castro Pereira


O fósforo, certa vez,
Viu, de longe, uma vela.
Todo garboso e aceso,
Ele aproximou-se dela;

 “Bom dia, minha amiguinha
 Quão dura a minha missão!
Eu tenho que acendê-la,
Não se aborreça, não!”

“Por favor, não faça isto,
Meu inseparável amigo.
Não vê que se me acender,
Morrerá também comigo?”

O fósforo retrucou:
“Minha bela criatura,
Quer durante a sua vida
Permanecer assim dura?

E, sem nunca ter brilhado,
Será você imprestável.
Se não quer que eu a acenda,
Sua vida é dispensável.

Você e eu só fomos feitos
Para nos tornarmos luz.
Com minha chama eu a acendo,
Mas você que a conduz.

Com certeza irá sentir
Uma insuportável dor
Mas, ela irá transformar-se
Em muita luz e calor.”

Quando a vela viu o fósforo
No seu último estertor,
Disse-lhe, quase implorando,
"Acenda-me, por favor!".

Obs; baseado numa mensagem recebida.

segunda-feira, 12 de junho de 2017



DEIXA O OLHAR DO MUNDO...

Olavo Bilac


Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?

Basta de enganos! Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.

Olha: não posso mais! Ando tão cheio
Deste amor, que minh’alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo…


Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.


(Em comemoração ao Dia dos Namorados)



quarta-feira, 7 de junho de 2017





O Tempo Passa? Não Passa.

Carlos Drummond de Andrade

O tempo passa ? Não passa.
O tempo passa ? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade
.

sexta-feira, 2 de junho de 2017



O CÃO E  O  CACHIMBO

MINICONTO

       Após a segunda Guerra mundial, o Sr. Klaus veio morar no Brasil. Era ainda um rapazola, cheio de sonhos.  Posteriormente, sua namorada também resolveu vir para o Brasil, atrás do seu querido. No Brasil casaram-se numa colônia de alemães.
       Ambos foram morar numa linda cidade do Espírito Santo, denominada Domingos Martins , também conhecida como Campinho Acharam a cidade aprazível e acolhedora, onde encontraram vários compatriotas.
       Senhor klaus gostava de fumar cachimbo. Não largava o vício por nada deste mundo.
       Um dia, precisava resolver um problema em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo Pegou um ônibus, onde era permitido fumar. Sentou-se numa poltrona ao lado da janela, fumando seu cachimbo.Apreciava as lindas paisagens da região.
        Nisto, o ônibus parou em um ponto e uma senhora bem vestida, com seu casaco de peles, entrou abraçado a um cão, lindo, enfeitado com um lacinho de fita.
 No ônibus também era permitido levar cachorrinhos, desde que ficassem no colo de seus donos.
        A mulher ficou incomodada com o cachimbo do seu vizinho, pois tinha alergia.
Solicitou ao sr. Klaus guardasse seu cachimbo. Ele, fazendo ouvidos moucos, continuou a soltar suas baforadas.
         Não aguentando mais, a madame arrancou da boca do alemão o cachimbo e o atirou pela janela.
         Senhor Klaus, aborrecido, apanhou o cachorrinho do colo da mulher e o lançou também pela janela.
         Furiosa, a dona começou a gritar, desesperada.
         Impassivelmente,  Klaus, no seu sotaque alemão, lhe disse, em alto e bom som: “Cachorro tua vai buscar cachimba meu”.

         
           Geraldo de castro Pereira