O Fósforo e a Vela
Autor: Geraldo de Castro Pereira
O fósforo, certa vez,
Viu, de longe, uma vela.
Todo garboso e aceso,
Ele aproximou-se dela;
“Bom dia, minha
amiguinha
Quão dura a minha
missão!
Eu tenho que acendê-la,
Não se aborreça, não!”
“Por favor, não faça isto,
Meu inseparável amigo.
Não vê que se me acender,
Morrerá também comigo?”
O fósforo retrucou:
“Minha bela criatura,
Quer durante a sua vida
Permanecer assim dura?
E, sem nunca ter brilhado,
Será você imprestável.
Se não quer que eu a acenda,
Sua vida é dispensável.
Você e eu só fomos feitos
Para nos tornarmos luz.
Com minha chama eu a acendo,
Mas você que a conduz.
Com certeza irá sentir
Uma insuportável dor
Mas, ela irá transformar-se
Em muita luz e calor.”
Quando a vela viu o fósforo
No seu último estertor,
Disse-lhe, quase implorando,
"Acenda-me, por favor!".
Obs; baseado numa mensagem recebida.
Excelente. Poste mais coisas suas. Escreve tão bem.
ResponderExcluirObrigado, Francisca. Vou seguir seu conselho, colocando mais textos meus.
Excluir