TROVAS
No deserto, sem alfombra,
Da minha vida vazia
Não tenho sequer a sombra
Desta sua companhia
Era preto o meu cabelo.
Tornei-me agora grisalho.
Foram beijos, com desvelo,
Enviados pelo orvalho.
“Quem canta espanta seus males”,
Assim que diz o ditado.
Mas,espantarei os outros,
Se eu cantar desafinado.
Homem, ao passar dos anos,
Sofre tantos desatinos!
Costuma não ver de perto,
Mas vê de longe os cretinos
Com você tenho sonhado,
Aos poucos me consumindo...
Com você sonho acordado,
Com você sonho dormindo.
Quando te
dei uma rosa,
Os espinhos
arranquei.
É para não
machucares
Estes lábios
que beijei.
Trovas de minha autoria.
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