O
SAPATEIRO E O RICO

Na
sua casa modesta
Vivia
um sapateiro.
Contente
com sua vida,
Cantava
o dia inteiro.
De
noite dormia bem,
Sem
sequer ter pesadelo.
Sua
morada era limpa,
Dela
cuidava com zelo.
Com
seu trabalho ganhava
Dinheiro
suficiente
Pra
ter uma vida boa,
Sem
problemas e decente.
Morando
num casarão.
Tinha
dinheiro de sobra,
Saindo
pelo ladrão.
No entanto, esse ricaço
Bastante
infeliz vivia.
De
dia só praguejava,
De
noite ele não dormia.
Apesar
da farta mesa.
De
que lhe adiantava
Ter
toda aquela riqueza?
Uma
decisão bem certa.
Chamou
o vizinho pobre
E
lhe fez esta oferta:
“Vejo
que estás bem feliz
Com
esta tua pobreza.
Que
tal se eu dividisse
Contigo
a minha riqueza?
É
um pedido que te faço:
Não
quero mais que me digam
Que
sou um triste ricaço.
E
dormir bem sossegado.
O
fato de eu ser tão rico
Só
me deixa preocupado.
De
dinheiro está repleto.
Leve-o
para tua casa.
É
prova do meu afeto.”
O
sapateiro vizinho
Agradeceu
o presente.
Apanhou
o grande saco.
Foi
para casa, contente.
Vigiando
seu quinhão.
Não
dormia, nem comia,
Com
medo de um ladrão.
Ficou
triste e amarelado,
Doentio
e muito fraco.
De
repente, levantou-se
E
pôs no ombro aquele saco.
Devolveu
todo o dinheiro.
“Fique
com essa desgraça
E
obrigado, companheiro.
E
seguir com minha sorte.
Este
saco de dinheiro
Quase
me levou à morte”.
A
fábula nos relembra
Aquela
grande verdade:
“O
dinheiro compra tudo,
Menos
a felicidade”.
Fábula
de Esopo, adaptada e versificada por mim.



