segunda-feira, 26 de outubro de 2015






A  Víbora   e  o Camponês.

 
 


 

 

Era um inverno rigoroso,

Quando um camponês sadio

Encontrou uma serpente

Quase morrendo de frio.

 
Vendo o réptil moribundo,

Dele não teve receio.

Acolheu-o em seus braços

E apertou-o contra o seio.

 
A víbora venenosa,

Ali toda aquecida,

Recobou as suas forças

Com tão bela acolhida.

 
E, sem dó nem piedade,
Já toda recuperada,

No camponês caridoso

Aplicou-lhe uma picada.

 

O homem,envenenado,

Teve morte repentina.

A serpente, sem remorso,

Foi seguindo sua sina.

 
Como moral da história,

Ouça isto, pessoal:

“Quanta gente retribui

Um favor, fazendo o mal”.

 

 

Fábula de Esopo, adaptada e versificada por mim.

 

Geraldo de Castro Pereira

 

 

 

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