A
MOSCA E
A FORMIGA
A
mosca se aproximou
De
uma obreira formiga.
E
começou a conversar
De
uma forma nada amiga:
“Eu
sou chique, uma fidalga -,
Detesto
estes seres pobres.
Passeio
por onde quero.
Sento-me
à mesa dos nobres.
Entro
nos templos sagrados,
Não
me sujeito a leis.
Pouso
no rosto das damas.
Frequento
os tronos dos reis.
Não
tenho que trabalhar,
Levo
a vida em mordomia.
Já
você, minha amiguinha,
Labuta
de noite e dia”.
A
formiga respondeu
Para
aquela vil mosquinha:
“Não
a invejo nenhum um pouco,
Você
é muita mesquinha.
Todos
a querem bem longe,
Por
todos sempre enxotada.
Vive
mais nas esterqueiras,
Numa
imundície enojada.
Quando
o frio se aproxima,
Gruda-se
numa parede.
Fica
ali toda mirrada,
Morrendo
de fome e sede.
No
entanto, eu, ao contrário,
Não
importuno ninguém.
Tenho
minhas provisões
Para
viver muito bem.
Eu
trabalho sem descanso,
Preparando
o meu futuro”.“Não cessem de trabalhar,
Pois
o trabalho enobrece”.
Fábula
de Esopo, adaptada e versificada por mim.
Geraldo
de Castro Pereira
Excelente fábula Geraldo, parabéns!!
ResponderExcluirPaula Pretti Soares