quarta-feira, 6 de julho de 2016




                
C H O V E
 
Poema de Ana Cristina Cesar
 
 
A chuva cai.
Os telhados estão molhados,
Os pingos escorrem pelas vidraças.
O céu está branco,
O tempo está novo.
A cidade lavada.
A tarde entardece,
Sem o ciciar das cigarras,
Sem o jubilar dos pássaros,
Sem o sol, sem o céu.
Chove.
A chuva chove molhada,
No teto dos guarda-chuvas.
Chove.
A chuva chove ligeira,
Nos nossos olhos e molha.
O vento venta ventado,
Nos vidros que se embalançam,
Nas plantas que se desdobram.
Chove nas praias desertas,
Chove no mar que está cinza,
Chove no asfalto negro,
Chove nos corações.
Chove em cada alma,
Em cada refúgio chove;
E quando me olhaste em mim,
Com os olhos que me seguiam,
Enquanto a chuva caía
No meu coração chovia
A chuva do teu olhar.




Obs:                  Obs:esta poeta foi homenageada pela FLIT - Feira
Literária Internacional de Parati - neste ano. Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,flip-vai-homenagear-ana-cristina-cesar-em-2016,10000001943Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,flip-vai-homenagear-ana-cristina-cesar-em-2016,10000001943Feira inernacional de Para
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