O CEGO E SEU
COMPANHEIRO DE HOSPITAL
Dois
enfermos dividiam
Um quarto no
hospital.
A cama de um
era perto
Da janela
principal.
A cama do
outro enfermo
Era bem mais
afastada.
Além disso,
sua perna
Tinha sido
amputada.
O outro lá
na janela,
Folgado, se debruçava.
E ao amigo
as belezas
Da paisagem
ele narrava.
Mas, um dia
aconteceu
Uma
lamentável sina:
O homem lá
da janela
Teve morte
repentina.
O enfermo
sobrevivente,
Tristonho e
ali sozinho,
Pediu pra
por sua cama
Da janela
bem pertinho.
Dali ele
poderia
Apreciar a
vista bela
Que seu
amigo narrava
Quando
estava na janela.
Quando olhou
para a janela,
Teve um
grande sobressalto:
Não havia
paisagem,
Mas só um
muro bem alto.
Perguntou
logo à servente,
Que vinha da
enfermaria:
-“Onde está
a paisagem
Que meu
companheiro via?
Onde estão
as lindas flores,
E o céu todo
azulado,
O bando de
passarinhos
Chilreando
no gramado?
Onde estão o
ipê florido,
A brisa
beijando a aurora,
E o sol colorindo
as nuvens?
Nada disso
eu vejo agora”.
A moça então
respondeu,
Pensativa e
comovida:
“Seu
companheiro era um cego.
Nunca
enxergou na vida”.
(baseado em
mensagem recebida).
Geraldo de
Castro Pereira
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