Meu Destino
Tal qual um Dom Quixote alucinado,
Vou cavalgando, sem um rumo certo.
Lanço no mundo o meu fremente brado,
Que morre nas areias de um deserto.
E assim vou tateando o meu caminho,
À procura do nada e do vazio,
Como a ave que nunca teve um ninho,
Nem agasalho protetor do frio.
Sigo na luta contra o meu destino,
Que, impiedosamente, me convida
Para o seu labirinto sem saída.
Sou como um grão de areia, pequenino,
No turbilhão dos vendavais medonhos,
Desfeito na poeira dos meus sonhos!
Geraldo de Castro Pereira
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