Francisco de Quevedo;
Grande escritor espanhol, da escola barroca, nascido em Madri em 1580 e falecido em 1606. Como poeta, era também satírico, como se vê do poema abaixo, criticando um homem de nariz grande, homem esse que, na verdade, se tratava de outro famoso escritor, Luis de Góngora.
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Érase un
naricísimo infinito,
frisón archinariz, caratulera
sabañón garrafal, morado y frito.
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Era um homem a um nariz
pegado,
Era um nariz superlativo,
Era um alambique meio vivo,
Era um peixe espada mal barbeado;
Era um relógio de sol mal encarado,
Era boca acima um elefante,
Era um nariz brigão e escrevente,
Um Ovídio Nasón mal narigado.
Era o esporão de uma galera,
Era uma pirâmide do Egipto,
As doze tribos de narizes era;
Era um naricíssimo infinito,
Enorme arquinariz, carranca fera,
Inchaço garrafal, purpúreo e frito.
(Tradução de José Carlos Costa Pinto)
Era um nariz superlativo,
Era um alambique meio vivo,
Era um peixe espada mal barbeado;
Era um relógio de sol mal encarado,
Era boca acima um elefante,
Era um nariz brigão e escrevente,
Um Ovídio Nasón mal narigado.
Era o esporão de uma galera,
Era uma pirâmide do Egipto,
As doze tribos de narizes era;
Era um naricíssimo infinito,
Enorme arquinariz, carranca fera,
Inchaço garrafal, purpúreo e frito.
(Tradução de José Carlos Costa Pinto)
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