segunda-feira, 31 de agosto de 2015





                        
O BURRO  E  A   CACHORRINHA -
 
 
 
 
 
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Um burrinho tinha inveja

De uma pequena cadela,

Cujo dono a mimava

E sempre cuidava dela.

 
 A cachorrinha também

Retribuía o carinho,

Fazendo festa pro dono

E latindo de mansinho.

 
Quando o homem, bem cansado,

Do seu trabalho chegava,

Corria ao encontro dele

E em seu colo se aninhava.

 
O burrico então pensou

Em agradar o patrão

Para que o mesmo também

Lhe desse mais atenção.

 
Estava o homem sentado,

Descansando do labor,

Quando o burro chegou perto

Do seu querido senhor.

 

 Foi botando suas patas

No ombro do seu patrão

E quis lamber-lhe o rosto

E dele também a mão.

 
O dono do animal

Ficou todo amedrontado.

E pediu logo socorro

Para um seu  empregado.

 

 Como castigo, o burrico

Voltou para a estrebaria.

E levou várias pancadas

Devido à sua ousadia.

 
Como moral da história,

Que fique muito patente:

“Ninguém com a sua sorte

Nem sempre está contente".



Obs: fábula de Esopo, livremente versificada e atualizada por mim.


Geraldo de Castro Pereira

quinta-feira, 27 de agosto de 2015





                            
O Leão e  o Javali.

 




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Fazia muito calor.

Um leão foi procurar

Um riacho bem tranquilo

Pra sua sede matar.

 
De repente, um javali,

Metido a valentão,

Fora também beber água

Onde estava o leão.


Entre aqueles animais

Formou-se um estardalhaço

Pra ver quem seria o dono

Do cobiçado pedaço.

 
Quando estavam se atracando

Num tremendo escarcéu,

O leão viu urubus

Já sobrevoando o céu.

 

Disse então para o inimigo

Num tom mais suave e brando:

“Estás vendo os urubus

Pertinho de nós chegando?

 

Estão numa expectativa

De quem vai perder a vida.

E aquele que for vencido

Vai servir-lhes de comida”.

 
 O javali concordou

Com o seu ”novel” amigo.

Beberam juntos a água,

Sem correrem mais perigo.

 
Os urubus se mandaram

Para bem longe dali.

Não brigaram nunca mais

O leão e o javali.

 
Como moral da história,

Este meu conselho siga:

“Mais vale um mau acordo

Do que uma boa briga”.

 

Obs: Fábula de Esopo, por mim versificada.

 

Geraldo de Castro Pereira

domingo, 23 de agosto de 2015





                               
“CAVEIRA,  QUEM  TE  MATOU?”

 

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Foi minha mãe que contou
Esta “estória” apavorante

Num cemitério ocorrida

Com a caveira falante.


"Um jovem desrespeitoso,
Após uma bebedeira,

Num pequeno cemitério
Encontrou uma caveira.


Meio tonto, ele chutou
O esqueleto ali jogado.

E perguntou, de repente:
“Quem te matou, desgraçado?”


A caveira respondeu,
Pra sua grande surpresa:

 “Quem me matou foi a língua,

Antes a tivesse presa!”

O homem se apavorou,
Desesperado da vida.

- “O que ouvi não será

Um efeito da bebida?”

 
E fez de novo a pergunta
Para a caveira falante.

E ela tudo confirmou,
Sem ficar titubeante.


O homem, amedrontado,
Rumo ao botequim seguiu.

E foi dizer para todos
O que da caveira ouviu.

 
A notícia se espalhou
Para todo o povoado.

Muita gente foi contar

O caso pro delegado.

 
O homem da lei chamou
O rapaz pra confirmar

Se de fato ele ouviu
O esqueleto falar.


O moço, já bem curado
Do efeito da bebedeira,

Afirmou que ouviu direito
As palavras da caveira.

 
Foi juntando muita gente
E o caso ficou mais sério.

Alguns homens arrastaram
O rapaz pro cemitério.

 
E lhe disseram, bem alto,
Na frente do delegado:

“Oh, se o fato for mentira,
Você será enforcado”.

 
Quando chegou ao local,

A caveira ele chutou.
Perguntou com muita raiva;

“Mas, quem foi quem te matou?”

O esqueleto ,lá num canto,
Nenhum movimento fez.

O moço , desesperado,
Deu-lhe um chute outra vez.

 
De nada lhe adiantou
A violência absurda;

A caveira, arrebentada,
Permaneceu muda e surda.

 
Os homens, enfurecidos,
Com a falta de verdade,

Numa árvore enforcaram
O rapaz, sem piedade.

 
A caveira aproximou-se
Do rapaz morrendo à míngua:

“Eu não disse pra você
Quem me matou foi a língua?"

 
Geraldo de Castro Pereira.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015



                                   
UM   CAÇADOR   DESASTRADO




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Um caçador lá mata

Achou um tatu esperto.

Engatihando  sua arma,
 
Chegou do bicho bem perto.


 Apontou para o focinho

Daquele pobre animal.

Mas, o bichinho fugiu

Para outro matagal.

 

O caçador, persistente,

Não desistiu da empreitada.

Com seu facão afiado

Foi fazendo uma picada.

 
Reencontrou o tatu,

Que já estava um pouco fraco.

O animalzinho havia

 Cavado um grande buraco.

 
Quando o homem chegou perto,

No buraco o bicho entrou.

O caçador, apressado,

Várias vezes atirou.

 
Uma bala, no entanto,

Por azar do malfeitor,

Acertou bem na carcaça

Do animal sofredor.

 
O projétil, encontrando

O casco do animal,

Ricocheteou, ferindo

O atirador desleal.

 
A natureza se vinga

Do ser humano atrevido,

Pois, “quem com o ferro fere,

Com ele será ferido”.

 
Geraldo de Castro Pereira

 

 

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015


O   Cavalo   e   o  Leão

 

 

Um cavalo pastava tranquilo
Com a mente bastante dispersa.

De repente, um leão bem astuto,

Achegou-se com esta conversa:

“Oi, amigo, meu bom companheiro,
O que fazes aí tão sozinho?

Eu sou médico e posso curar-te

Com meu santo e legal remedinho”.


O cavalo, notando a malícia
Do leão, foi direto, ao falar:

“Poxa vida, eu estou bem surpreso

Com a tua ternura sem par.

Realmente, eu estou precisando
De um remédio bastante eficaz.

Eu caí num buraco bem fundo,

Sinto dores na pata de trás.”

 
O leão, bem pertinho da pata,
Foi pegá-la, com certo desleixo.

O equino, que bobo não era,

Acertou-lhe um coice no queixo.
 
O leão foi tombando de lado,
Todo grogue e bem tonto na hora.

Só mais tarde é que viu sua presa,

Relinchando e feliz, ir embora.

 Ao leitor que gostou desta fábula
Duas coisas direi, com certeza:
“Seja astuto com quem é astuto”.

“Contra o esperto é preciso esperteza."
 
Obs; fábula de Esopo por mim versificada.
 
Geraldo de Castro Pereira 

 

sábado, 15 de agosto de 2015







              
  A   VIÚVA    E    OS   CRIADOS

 

 

Uma  próspera viúva

Mantinha dois empregados.

Trabalhavam duramente

E ficavam bem cansados.

 

Para eles acordarem

De manhã era um horror.

Mas, um galo foi treinado

Pra ser um despertador.

 

O galo de madrugada

Abria o bico a cantar.

A viúva ia depressa

Seus criados acordar.

 

Coitados dos empregados:

Moleza ali não havia.

Quase nunca descansavam

Da labuta dia a dia.

 

Mas, pensando, eles tiveram

Uma ideia de jerico:

Mataram aquele galo

Para calar-lhe o bico.

 

Mas, de nada adiantou

Aquele gesto tão insano.

Sofreram as consequências

De tão fracassado plano.

 

Não ouvindo mais o galo,

À meia noite e aos brados

A viúva começou

A despertar seus criados.

 

Como moral da história,

Uma dica verdadeira:

“Muita gente sai do mato

Pra cair na capoeira”.

 

Obs: Fábula de Esopo, adaptada e versificada por mim.

 

Geraldo de Castro pereira.

 

 

 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015





 O  Falcão  e  o  Rouxinol




De maneira bem cruel,
Logo após nascer o sol,
Um falcão tomou o ninho
De um canoro rouxinol.

Havia vários filhotes
No ninho aconchegante.
O falcão ameaçou
Matar todos num instante.

O rouxinol suplicou,
Humilde e desesperado:
“Não mate os meus filhotes!
Tornar-me-ei seu criado!”.

O falcão logo aceitou
Aquele trato com a ave.
Como primeira tarefa,
Pediu-lhe um canto suave.

Mas, da garganta do pássaro.
Saiu um canto tristinho.
O falcão nada gostou
E comeu um filhotinho.

Nisto, com um forte laço,
Veio um bravo caçador.
Pegou o falcão valente
E para longe o levou.

O rouxinol ficou livre
Com sua cria indefesa.
E,lindamente,cantou
Para toda a natureza.

Como lição de moral
Vamos logo anotar:
“Quem prejudicar o outro,
Algum dia há de pagar”.

Obs: Fábula de Esopo, por mim versificada.

Geraldo 

domingo, 9 de agosto de 2015





                     
CORVO E O JARRO


 



O corvo foi beber água

Onde havia um riacho.

Mas, estava tudo seco:

Ficou com cara de tacho.

Bicou naquele lugar,

Mas, somente havia barro.

Voou um pouco pra frente

E encontrou um belo jarro.

Pegou aquele objeto

E examinou direitinho.

E viu que dentro do mesmo

Havia de água um restinho.

Após várias tentativas,

Ele quase teve um surto:

O jarro era muito alto

E o bico da ave era curto.

Mas teve logo uma ideia

Que lhe trouxe solução:

Foi enchendo o alto jarro
Com pedras que achou no chão.

Nisto a água lá do fundo

Foi subindo devagar.
E a ave então conseguiu

Sua sede saciar.

 Como conclusão da história
Lembro a lição segura:

“Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura”.


OBS: fábula de Esopo, por mim livremente versificada.

Geraldo de Castro Pereira.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015





     
 

O LEÃO E O   MOSQUITO

 
 

                                                                                              

 

Um mosquito resolveu

Ser do mundo o mais chato:

Foi procurar um leão

Que descansava no mato.

 
O inseto impertinente

Foi direto no ouvido

Do animal e começou

Um irritante zumbido.

 
O leão nem se mexeu,

Ficou quieto em seu lugar.

Mas, o mosquito atrevido

Não parou de perturbar.

 
E disse para o leão:

“ você não me mete medo.

Azucrinar seus ouvidos

Para mim é um brinquedo.”

 

No focinho do leão

Deu-lhe uma ferroada.

O animal se aborreceu,

Aplicou-lhe uma patada.

 
O mosquito se esquivou

Com bastante rapidez.

E aproveitou o ensejo

Pra ferroar outra vez.

 
O Leão com suas garras

A si mesmo machucou.
 
Ficou cheio de feridas

Que ele mesmo provocou.

 
O inseto saiu ileso

E voou, todo pimpão,

Pra contar a todo o mundo

Que derrotou um leão.

 
Ficou todo envaidecido

Com sua bela façanha.

Mas, logo se esbarrou

Numa teia de aranha.

 
O pequeno aracnídeo

Do inseto se aproximou

Estava com muita fome

E inteiro o devorou.

 
Como moral da historinha,

Lembro a vocês, meus amigos:

“Pode ser o mais terrível

O menor dos inimigos”.

 
Obs:  Fábula de Esopo, por mim versificada livremente.

  
Geraldo de  Castro  Pereira