sexta-feira, 7 de agosto de 2015





     
 

O LEÃO E O   MOSQUITO

 
 

                                                                                              

 

Um mosquito resolveu

Ser do mundo o mais chato:

Foi procurar um leão

Que descansava no mato.

 
O inseto impertinente

Foi direto no ouvido

Do animal e começou

Um irritante zumbido.

 
O leão nem se mexeu,

Ficou quieto em seu lugar.

Mas, o mosquito atrevido

Não parou de perturbar.

 
E disse para o leão:

“ você não me mete medo.

Azucrinar seus ouvidos

Para mim é um brinquedo.”

 

No focinho do leão

Deu-lhe uma ferroada.

O animal se aborreceu,

Aplicou-lhe uma patada.

 
O mosquito se esquivou

Com bastante rapidez.

E aproveitou o ensejo

Pra ferroar outra vez.

 
O Leão com suas garras

A si mesmo machucou.
 
Ficou cheio de feridas

Que ele mesmo provocou.

 
O inseto saiu ileso

E voou, todo pimpão,

Pra contar a todo o mundo

Que derrotou um leão.

 
Ficou todo envaidecido

Com sua bela façanha.

Mas, logo se esbarrou

Numa teia de aranha.

 
O pequeno aracnídeo

Do inseto se aproximou

Estava com muita fome

E inteiro o devorou.

 
Como moral da historinha,

Lembro a vocês, meus amigos:

“Pode ser o mais terrível

O menor dos inimigos”.

 
Obs:  Fábula de Esopo, por mim versificada livremente.

  
Geraldo de  Castro  Pereira

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