sábado, 10 de dezembro de 2016






O Mistério da Santíssima Trindade.

 
Numa praia bem deserta

O sábio Santo Agostinho,

Vagaroso, caminhava

E meditava sozinho.

 
Pensava nos seus escritos

E na sua conversão.

Quanta coisa ele ensinou

Ao povo rude e pagão.

 
Mas, o que o preocupava

Naquele momento sério

Era como desvendar

Da Igreja um grande Mistério.

 
E qual seria o mistério

Que lhe trazia ansiedade?

Com certeza era aquele

Da Santíssima Trindade.

 
Não conseguia entender,

(Mesmo sendo um bom aluno),

Pai, Filho, Espírito Santo

A formarem um Deus Uno?

 
Bem concentrado e absorto

Na sua meditação,

Viu de repente um menino

Com uma concha na mão.

 
O garoto com os dedos

Fez um buraco na areia.

Depois, correu para a água,

E trouxe a conchinha cheia.

 
Despejou o conteúdo

No furinho que ele fez.

E depois foi para a água,

Voltando mais uma vez.

 
E assim por várias vezes

Na concha água levava.
E naquele buraquinho

Tudo ele despejava.

 
Santo Agostinho, curioso,

Muito intrigado, por certo,

Chamou aquele menino,

Que estava ali bem perto.

 
-“ O que pretendes, meu filho,
Com esforço tão insano?

Por acaso esvaziar

Toda a água do oceano?

 
Não vês que isto é impossível,

-Disse-lhe num tom ameno -

Colocar toda essa água

Num buraco tão pequeno?”

 
A criança respondeu-lhe

Com tamanha autoridade:

-“Impossível é compreender

A Santíssima Trindade”.
 

 obs:  historinha por muitos conhecida, versificada por mim.

 Geraldo de Castro Pereira

 

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