A MENINA ENTERRADA VIVA
Eu gostava
de escutar
Esta triste
historinha
Que minha
mãe me contava
Quando eu era
criancinha.
Morava numa
fazenda
Com seus
pais muito queridos.Diariamente os penteava
E os untava
com perfume.
Um dia, essa mãe zelosa
Ficou a pobre menina
Sem ninguém pra cuidar dela.
Seu pai trabalhava muito
Pra cuidar
de sua filha,
Casou-se com a
vizinha.Mas, a mulher era má,
Tratava aquela
menina.
Como uma
reles criada.Tinham até uns piolhos
E estavam
ressecados.
Falando para
a mulher
Que ela
estava desleixada.
Dos cabelos
da criança.
A madrasta
não gostou
E bolou uma
vingança.
Esperou o
seu marido
Visitar um
seu parente
Que morava
muito longe
E estava
muito doente.
Um plano vil
e nefando
Pra se
livrar da garota
Que estava
lhe perturbando.
Carregadinha
de figos.
Outra não
havia igual!
Que cuidasse
da figueira,
Sem deixar
cair um fruto.
Se algum pássaro
qualquer
Num fruto
desse bicada,Ela então seria logo
Com a morte
castigada.
E, por azar
da criança,
Um
passarinho bicou
Um figo já
bem maduro,
Que no chão se
despencou.Na cabeça da menina
Bateu-lhe
com um machado.
E quando o esposo chegou
Junto à figueira estava
A sua filha enterrada
.
A madrasta ao
pai daquela
Pobre e
infeliz menina
Disse que
ela morrera
De doença repentina.O pai ficou desolado,
Para ele terminou
Da casa toda
a alegria.
Porém,
depois de alguns dias,
Junto
daquela figueira
Brotou ali
uma planta
Em forma de
cabeleira.O pai, muito curioso,
Mas,
escutou uma voz
Bem triste e
afinadinha:
“Meu pai, ó
meu pai, querido,
Não me corte
a cabeleira.
A madrasta
me enterrou
Pelo figo da
figueira”.Ficou todo assustado
Buscou logo
uma enxada
E começou a
cavar.
Qual não foi
sua surpresa:
A menina
respirou.
Tirou-a logo
dali,
Pro hospital
a levou.
Do doutor
que tratou dela,
A garota
ficou boa,Sem ter nenhuma sequela.
A madrasta, procurada
Pela polícia local,
Desapareceu
no mundo,
Sem deixar
nenhum sinal.
Pai e filha,
bem juntinhos,
Viveram dias
gloriosos.E a figueira carregou-se
De figos
deliciosos."
Obs: a
história foi por mim recontada, sem perder o seu sentido.
Geraldo de
Castro Pereira
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