segunda-feira, 7 de setembro de 2015




                  

O RATO  DA   CIDADE  E  O  RATO DO MATO


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Quis um dia curtir outros ares

Um belíssimo rato gordinho.

Foi pro mato num fim de semana

A convite de um seu amiguinho.


Lá chegando e muito cansado,

Pretendeu ir deitar numa cama.

Mas, o rato do mato apenas

Ofertou-lhe um ninho de grama.


Não querendo ser mal educado,

Contrariado aceitou a oferta.

Porém, não conseguiu descansar

Numa área tristonha e deserta.


Bem depressa também veio a fome.

Mas, o rato sentiu-se infeliz,

Pois, em vez de iguarias gostosas,

Foi servida somente raiz.


Não ficou nenhum dia no mato,

Do lugar fez malévola troça.

Para ver o que era fartura,

Convidou o amigo da roça.

  
Foram para uma casa de ricos,

A mais bela de toda a cidade.

Alojaram-se numa despensa,

Onde havia comida à vontade.

 À noitinha, comeram de tudo;

Lombos, queijos, toucinho e nozes.

De repente, o dono da casa

Foi entrando com gatos ferozes.

O malandro ratinho urbano

Conseguiu achar logo a saída.

Mas, o pobre caipira lutou

Bravamente e salvou-se com vida

E já fora do grande perigo,

Deu adeus ao amigo folgado:

“Fique aí com a sua fartura,

O que eu quero é viver sossegado.”

A moral que a fábula ensina

Pode ser esta agora, de fato;

“É melhor uma vida mais livre,
Do que ser prisioneiro de um gato".



Obs: fábula de Esopo, adaptada e versificada por mim.

Geraldo de Castro Pereira.




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