O RATO DA
CIDADE E O RATO DO MATO
Quis um
dia curtir outros ares
Um belíssimo rato gordinho.
Foi pro mato num fim de semana
A convite de um seu amiguinho.
Lá chegando e muito cansado,
Pretendeu
ir deitar numa cama.
Mas, o
rato do mato apenas
Ofertou-lhe
um ninho de grama.
Não
querendo ser mal educado,
Contrariado
aceitou a oferta.
Porém,
não conseguiu descansar
Numa área
tristonha e deserta.
Bem
depressa também veio a fome.
Mas, o
rato sentiu-se infeliz,
Pois, em
vez de iguarias gostosas,
Foi servida
somente raiz.
Não ficou
nenhum dia no mato,
Do lugar
fez malévola troça.
Para ver
o que era fartura,
Convidou
o amigo da roça.
Foram
para uma casa de ricos,
A mais
bela de toda a cidade.
Alojaram-se
numa despensa,
Onde
havia comida à vontade.
Lombos,
queijos, toucinho e nozes.
De
repente, o dono da casa
Foi
entrando com gatos ferozes.
Conseguiu
achar logo a saída.
Mas, o
pobre caipira lutou
Bravamente
e salvou-se com vida
Deu adeus
ao amigo folgado:
“Fique aí
com a sua fartura,
O que eu
quero é viver sossegado.”
A moral
que a fábula ensina
Pode ser
esta agora, de fato;
“É melhor
uma vida mais livre,
Obs: fábula de Esopo, adaptada e versificada por mim.
Geraldo de Castro Pereira.
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