sexta-feira, 25 de setembro de 2015





           
O  VELHO  BARQUEIRO  E  O  MOÇO

 



 
 

Estava um velho em seu barco
Com muito esforço a remar.
Mas, um rapaz folgazão
Começou a caçoar:

 
“Por que te fadigas tanto,
Pra remar esse barquinho?

Não vês que a própria água
Pode levá-lo sozinho?

 
Estás já bastante velho
E não és mais tão veloz.

Ensino-te a conduzir

Essa “casquinha de noz”.

 
O ancião,contrariado,

Falou assim ao rapaz:
“Deixa de contar vantagem,

Pois de nada és capaz.

Eu sou um velho barqueiro
E sei remar com destreza.

Não podes deixar o barco
Sozinho na correnteza.”

 
O rapaz insistiu tanto
Que convenceu o barqueiro.

E entrou naquele barquinho
Com seu ar de aventureiro.

 
Nem sequer pegou nos remos.

Com uma calma excessiva,
Cruzou os braços, deixando

Aquele barco à deriva.


Alegremente, cantava.
De repente, deu um grito.
O barco bateu com força

Numa pedra de granito.


Mas, ele ainda tentou
Pedir auxílio ao barqueiro.

O socorro chegou tarde:
O moço morreu primeiro.


Como moral da história,
O dito aqui nos educa:
“Um macaco mais idoso
Não põe a mão na cumbuca”.

 

Obs: fábula de Esopo, por mim adaptada e versificada.

 
Geraldo de Castro Pereira.

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