domingo, 28 de fevereiro de 2016







           
LENDA DO LOBISOMEM

 
 

 

A lenda do lobisomem

Já existe há muitos anos.

Da Europa veio ao Brasil,

Atravessando oceanos.

 

Aqui no nosso País

Recebeu várias versões.

É uma lenda difundida

Por diversas gerações.

 

Eu preferi escolher

A versão mais popular.

Então, eis a “estória”,

Que passarei a contar.

 

Se a mulher com seis filhas,

Tiver mais um filho homem,

Este irá, e com certeza,

Transformar-se em lobisomem.

 

A criança nasce pálida,

Com orelha já comprida.

Mas, só vira lobisomem,

Após treze anos de vida.

 

Completada esta idade,

Começa a transformação;

Na terça-feira ou na sexta,

Ele sai de noite, então.

,

Fica numa encruzilhada

Contemplando o luar.

Toma a forma de um lobo,

 Sempre uivando, sem parar.

 

Voltará à forma humana

Ao chegar o amanhecer.

Não ataca as pessoas,

Se ninguém o aborrecer.

 

 

Geraldo de Castro Pereira

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


                             UTILIDADE PÚBLICA



        Vou repetir aqui o e-mail que recebi de um amigo, cujo conteúdo pode interessar a muita gente. Não sei se foi extraído

 de um blog. Mas, se isto aconteceu e se o blogueiro reclamar, este texto será retirado imediatamente.
Ei-lo:

         O QUE NÃO SE DEVE FAZER EM UM BANHEIRO

        Tido para algumas pessoas como um dos lugares mais agradáveis da casa, onde se pode sentar, refletir, chorar e falar consigo mesmo.O banheiro tem um grande inimigo que pode fazer com que pequenos hábitos,aparentemente inofensivos,se transformem em grande focos de doenças: a umidade. É ela, a umidade, a responsável pela alimentação de fungos e bactérias.
Mas claro que a umidade não é a única vilã do banheiro; ela é apenas a principal: Veja na lista abaixo algumas coisas que costumamos fazer no banheiro, mas que não deveríamos fazer.

 1- Dar descarga com a tampa do vaso aberto

       Pode parecer besteira para alguns, quando na verdade é de uma obviedade tão absurda que não se sabe como muita gente nunca parou para pensar nisso: Por mais que seja lindo ver as fezes descendo pelo vaso sanitário e seja emocionante dar tchauzinho para o nosso amigo do interior, dar descarga com a tampa do vaso aberto faz com que milhões de coliformes fecais se espalhem pelo ar, indo parar em todos os objetos do banheiro, como escova de dentes ou cabelos e superfícies diversas.

2 - Usar toalhas de rosto... no rosto

 
      O grande problema de se usar toalhas de rosto no rosto, é que normalmente ela fica no banheiro para que todos usem. Ficam muito tempo úmidas, o que acaba virando criadouro de bactérias.
      O ideal seria o uso de toalhas de papel. Mas, como muitas pessoas podem ter dificuldades em adquirir e expor esses produtos em recipientes adequados, deve-se então trocar as toalhas de rosto diariamente.
        Exagero? Bem. A transmissão do vírus de diversas doenças e vírus, como o do HPV, é possível através do contato com uma toalha de rosto ou de banho contaminada. Pense nisso.


3 - Sabonete em barra:
Sabia que até sarna pode se alojar em sabonetes? Sinceramente, não se pode confiar nem mesmo naqueles que possuem ação bactericida e desinfectante, pois os mesmos não protegem contra a ação bactericida. Tenha sempre preferência por sabonetes líquidos, Mas, caso goste mais dos sabonetes em barra, compre um de uso exclusivamente seu e deixe o líquido para os visitantes.

4 - Pegar na maçaneta depois de lavar as mãos:

        Essa vale mais para banheiros públicos do que propriamente para o banheiro de nossa casa. Afinal,não p
recisamos ser tão paranoicos... a não ser que se tenha uma festa na casa... com muitas pessoas.
    Banheiro público tem toda a sorte de gente e muitas delas nem mesmo lavam as mãos, ou lavam mal lavadas. Use um papel para abrir a maçaneta.

5- Cesto de roupas sujas no banheiro.
Banheiro... umidade...escurinho... quentinho... Pois é: deixar roupas sujas em cestos de banheiro que normalmente são todos furadinhos, é um prato cheio para fungos, bactérias e outros coisinhas mais,além de causar um certo mau cheiro.

O certo é deixar em outro local e lavar o quanto antes.


6- Roupas intimas secando no Banheiro

Além de ser constrangedor, deixar calcinhas e cuecas recém lavadas no banheiro é um hábito de desatenção na higiene... A umidade certamente vai fazer com que a peça demore mais para secar e criar um bela colônia de bactérias que mais tarde podem contaminar as partes íntimas.

Seque suas calcinhas em local arejado e, de preferência, onde bata um solzinho.

7-Escovas de dente guardadas na pia:

É muito comum deixar as escovas de dentes em cima da pia do banheiro, seja jogada na bancada ou dentro de porta-escovas. Esse é um grande perigo.Não se esqueça de que a primeira coisa que foi dita aqui foi sobre coliformes fecais,que voam da privada para diversos lugares. Pois é. Um perigo deixar a escova exposta dando mole.

Escova vai na boca, portanto nada de guardá-la molhada.Dê sempre uma batidinha nela na pia para sair todo o excesso de água, guarde-a de preferência usando a capa protetora e guarde-a dentro do armário do banheiro.E, na hora de usar, lave-a.

8- Tapete no box.

Uma simples pergunta: quantas vezes se lava aquele tapete que fica dentro do box do banheiro? Somente quando se faz a faxina completa do banheiro, certo? Pois é, só que é errado. Eles acumulam uma quantidade absurda de lodo, fungos e,claro, bactérias. O se lava diariamente com água sanitária ou o risco de pegar doenças sinistras nos pés é grande.

9- Tomar banhos quentes


De fato, uma ducha quente é uma delícia, mas não se deve exagerar. Existe uma camada protetora da pele chamada camada córnea, e tomar muitos banhos por dia, principalmente se a temperatura do chuveiro estiver alta, acaba retirando essa camada, deixando-a exposta para as bactérias presentes no banheiro, nos tornando mais suscetíveis a doenças. Portanto
, evite banhos muito quentes e não tome tantos banhos por dia.

10- Guardar maquiagens

A mesma vilã de sempre: evite guardar as maquiagens e seus apetrechos de aplicação, como pincéis etc em cima da pia, ou até mesmo dentro do armarinho do banheiro. Esse hábito pode, além de criar bactérias , diminuir a vida útil dos produtos: Prefira locais secos e arejados, de preferência bem frescos.

Obs: recebi, por e-mail de um amigo, os conselhos acima descritos e repasso-o, por achá-los úteis para todos nós.

 Abços.

Geraldo de Castro Pereira

--

 

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016





  

 





O NEGRINHO DO PASTOREIO



 

Um menino, bem negrinho,
Não tinha nenhum parente.

Trabalhava na fazenda

Para um homem exigente.


 Exigente era pouco:
O patrão era um tirano.

Surrava aquele menino

De um modo tão desumano.

 
Chamou, um dia,  o garoto:
“Venha cá, seu malcriado”:

Vá cuidar dos meus cavalos,
Com atenção e cuidado”.

 
Vigiar os animais

Lá foi o pobre coitado.
Passado um tempo, dormiu,

Pois estava já cansado.


 Quando acordou, deu um grito
De desespero total:

Os cavalos do patrão

Sumiram no matagal.

 Ajoelhou-se ali mesmo
E fez uma oração:

Pediu à Virgem Maria
Que lhe desse proteção.

 
Já era quase de noite.

E mais nada se enxergava.
Acendeu uma velinha,

Que com ele conservava.

 
E à procura dos cavalos
Entrou na mata sombria.

A cada pingo da vela,

Uma luz se acendia.

 
Com o auxílio da Virgem,

Encontrou os animais.

Depois disso, seu patrão

Nunca nele bateu mais.

 
Diz a lenda que, se alguém

Perder algo, sem receio

É só chamar pelo nome:

NEGRINHO DO PASTOREIO.

 

Geraldo de Castro Pereira

 

domingo, 21 de fevereiro de 2016








                
VITÓRIA-RÉGIA

 

 

Vitória-régia é uma flor tão linda ,
Que orna lagos , pantanais diversos.

Muito mais bela é sua "estória" ainda
E vou contá-la nestes poucos versos.


Queria a índia ser estrela um dia
Para no céu poder tocar a lua.

Diariamente a um alto monte ia
E ali ficava esperando, nua.

 
Um dia estava com profunda mágoa,

Viu na lagoa um clarão lunar.
E , em desespero,  mergulhou na água.

 
E, sem fôlego, quase a se afogar,

Tocou a lua, que, numa estratégia,
A transformou numa vitória-régia.

 
Soneto baseado na lenda da vitória-régia


Geraldo de Castro Pereira

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

                UTILIDADE PÚBLICA

                Minhas amigas e amigos,

                Muitas vezes, não conhecemos nossos direitos. A partir de hoje, uma vez por semana, colocarei neste meu pequeno espaço  diversas dicas que nos ajudarão a viver melhor e com cidadania.
                Hoje, apenas trarei algumas DICAS para nós todos, a seguir:

    1 - Certidões:
 





          Já está em funcionamento o cartório eletrônico. O site vai ajudar as pessoas a pouparem tempo na hora de tirar cópias de certidões de nascimento ou de casamento, assim como cópias de certidões de óbito e protestos, que também podem ser solicitadas pela internet.
           Para concluir a solicitação, é preciso apenas efetuar o pagamento do boleto bancário emitido pelo site. O documento será entregue na residência da pessoa, via Sedex.
               MAIORES INFORMAÇÇÕES;www.cartorio24horas.com.br.
2) - Auxílio à lista (sem pagamento de taxa): discar 08002800102. Não precisamos gastar dinheiro.Evite utilizar o número 102, cuja taxa por ligação é de 1,20 (um real e vinte centavos).

3) -  Multa de trânsito: infração média ou leve – se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos doze meses, não precisa pagar multa. Dirija-se ao DETRAN local e peça formulário para converter a infração em advertência – art. 267, do CTB, preenchendo o sobredito formulário. Levar xerox da CNH e a notificação da multa. Em trinta dias, você receberá, pelo correio, a advertência por escrito. Perderá os pontos, mas não pagará o valor da multa.
4) - Documentos roubados: fazer BO (boletim de ocorrência). Não tem que se pagar taxa alguma:Lei 3.051/98.
     A mesma lei acima nos dá o direito, em caso de furto ou roubo (apresentando o BO), à isenção da taxa de segunda via  de habilitação, carteira de identidade e Licenciamento Anual de Veículo –

 
           Por enquanto, é só.

           Voltaremos semana que vem com outras dicas úteis.
         
           Abços.

           Geraldo de Castro Pereira

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016






O   MONO   E   A   RAPOSA

                           
                   

 

Certo mono, muito grande,

Se sentia envergonhado.
Pra cobrir suas vergonhas,

Não tinha rabo, o coitado.

 
Foi falar com a raposa,

Que tinha um rabão  comprido:

“Por favor, dona raposa,

Posso fazer-lhe um pedido?

 
Sua cauda  é tão grande,

Que se arrasta no caminho.

Eu não tenho nem sequer

Um fiapo de rabinho.

 
Pode dar-me um pedacinho

Do seu rabo estonteante?

Eu ficaria servido

E você mais elegante”.
 

 A raposa ao animal

Disse, de forma egoísta:

“Não lhe dou nenhum pedaço,

E, por favor, não insista.

 
Cada um deve viver

Do jeito em que foi criado.

Se você nasceu assim,

Tem que ser um conformado.”

 
A fábula nos ensina

Esta pequena lição:

‘O egoísmo é a chave

Da porta da solidão”.

 

Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.

 
Geraldo de Castro Pereira 

sábado, 13 de fevereiro de 2016






         
O  Galgo  e  seu  Dono

 Resultado de imagem para imagem um foto de um legítimo galgo antigo

 

Um galgo - cachorro esbelto -,

Era bem paparicado

Pelo seu dono e senhor,

Com muito mimo e cuidado.

 
Quantas caças de primeira

Descobria esse animal!

Tinha uns dentes afiados

E um faro especial.


 Mas, o pobre ficou velho

E seu faro enfraquecido.

Foram-lhe caindo os dentes.

Já não era tão temido.

 
Uma vez, ao apanhar

Uma lebre já cansada,

Deixou escapar a presa

Pela boca desdentada.

 
O seu amo irritou-se

E o açoitou com maldade.

O cão, vendo a ingratidão,

Disse ao dono esta verdade:

 
“Não me trates deste modo,

Pois não mereço isto,não!

Fui-te fiel tantos anos !

Não tens de mim compaixão?

 
Eu não sou como a laranja,
Que, depois de ser chupada,

Tem seu bagaço lançado

À beira de uma estrada!”

 
Desta fábula tiramos
A lição de grande peso:
“A ingratidão, com certeza,

Fere mais que o desprezo”.
 

Fábula  atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.

Geraldo de Castro Pereira

 

 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016




       
 

 

O FEIXE DE VARAS

 

 

 

Um homem, bastante idoso,

Pressentindo o fim da vida,

Reuniu todos os filhos

Para sua despedida.

 
Pegou um feixe de varas

E falou bem devagar;

“Qual de vocês tem mais força

Para esse feixe quebrar?

 
Com todo esse seu vigor,

 Que tal você, ó João?”

O rapaz tentou bastante,

Seu esforço foi em vão.

 
“E agora, meu filho Pedro,

Que se gaba tão valente,

Apanha o feixe de varas

E o quebre prontamente”
 

O Pedro não conseguiu.

E nem os outros irmãos.

O velho tomou o feixe

Com suas calosas mãos.
 

Desamarrou cada vara

E uma a uma as quebrou.

Virando-se para os filhos,

Dessa forma assim falou:

 
“Enquanto unidos ficarem,

Vocês terão resistência.

E vencerão inimigos

Com maior eficiência”.

 

 Como lição de moral,

Tenham isto como norte:

“Uma força unida à outra,

Torna-se muito mais forte”.

 

 Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.

 
Geraldo de Castro Pereira




segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016




                    
O  Lobo  e o Cabrito

 


 

 

Uma cabra foi pastar
Numa planície ali perto.
Deixou seu filhote em casa -

Um cabritinho esperto.

 
Mas, antes deu um conselho
Para o querido neném:

“Não abra a porta pro lobo,

Nem para o urso também.

 

Decore bem esta senha -,
(E este é o seu desafio):

“Com três batidas na porta,
Eu direi que estou com frio”.

 
Mas, atrás de uma árvore

O  lobo estava escondido.

E escutou toda a conversa,
Com seu apurado ouvido.

 
Logo que a cabra saiu,
Veio o lobo de mansinho.

Aproximou-se da casa,
Onde estava o cabritinho.

 
Bateu três vezes na porta,
Repetindo aquela senha.

O cabrito percebeu

Que a voz era rouquenha.

 
Numa fresta olhou e disse,
Antes de abrir a tranca:

“Se você for minha mãe,
Mostra a sua pata branca”.

 
O lobo, desmascarado

Pela cor da sua pata,
Saiu dali bem depressa

E escafedeu-se na mata.

 
Como moral da história,

Esta frase cabe em cheio:
“Para vencer um esperto,

Tem que ser esperto e meio”.

 
Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.

 
Geraldo de Castro Pereira

domingo, 7 de fevereiro de 2016





                   
 

O  CÃO  E  A MÁSCARA

 

 


 

Certo cão, com muita fome,
Saiu atrás de comida.

De repente, tropeçou
Numa coisa ali caída.


Examinou o objeto
Com todo aquele cuidado.

Cheirou-o bem e sem pressa

Com o seu faro apurado.
 

Viu tratar-se de u´a máscara,
E afastou-a com desdém:

“ Deveras é bem bonita,
Contudo miolos não tem”.

 
Um ditado popular

A esta fábula acrescento:
“Por fora, bela viola,

Por dentro, pão bolorento”.

 

Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.
Geraldo de Castro Pereira

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016


            

 

                           Não sei quantas almas tenho

 
                                           
 
                                   Fernando Pessoa

Biografia de Fernando Pessoa
                                                                                              
 

 
 

Não sei quantas almas tenho.

Cada momento mudei.

Continuamente me estranho.

Nunca me vi nem acabei.

De tanto ser, só tenho alma.

Quem tem alma não tem calma.

Quem vê é só o que vê,

Quem sente não é quem é,

 

Atento ao que sou e vejo,

Torno-me eles e não eu.

Cada meu sonho ou desejo

É do que nasce e não meu.

Sou minha própria paisagem;

Assisto à minha passagem,

Diverso, móbil e só,

Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo

Como páginas, meu ser.

O que segue não prevendo,

O que passou a esquecer.

Noto à margem do que li

O que julguei que senti.

Releio e digo : "Fui eu ?"

Deus sabe, porque o escreveu.