segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016






O   MONO   E   A   RAPOSA

                           
                   

 

Certo mono, muito grande,

Se sentia envergonhado.
Pra cobrir suas vergonhas,

Não tinha rabo, o coitado.

 
Foi falar com a raposa,

Que tinha um rabão  comprido:

“Por favor, dona raposa,

Posso fazer-lhe um pedido?

 
Sua cauda  é tão grande,

Que se arrasta no caminho.

Eu não tenho nem sequer

Um fiapo de rabinho.

 
Pode dar-me um pedacinho

Do seu rabo estonteante?

Eu ficaria servido

E você mais elegante”.
 

 A raposa ao animal

Disse, de forma egoísta:

“Não lhe dou nenhum pedaço,

E, por favor, não insista.

 
Cada um deve viver

Do jeito em que foi criado.

Se você nasceu assim,

Tem que ser um conformado.”

 
A fábula nos ensina

Esta pequena lição:

‘O egoísmo é a chave

Da porta da solidão”.

 

Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.

 
Geraldo de Castro Pereira 

Nenhum comentário:

Postar um comentário