O MONO E
A RAPOSA

Certo mono, muito grande,
Se sentia envergonhado.
Pra cobrir suas vergonhas,Se sentia envergonhado.
Não tinha rabo, o coitado.
Foi falar com a raposa,
Que tinha um rabão comprido:
“Por favor, dona raposa,
Posso fazer-lhe um pedido?
Sua cauda é tão grande,
Que se arrasta no caminho.
Eu não tenho nem sequer
Um fiapo de rabinho.
Pode dar-me um pedacinho
Do seu rabo estonteante?
Eu ficaria servido
E você mais elegante”.
Disse, de forma egoísta:
“Não lhe dou nenhum pedaço,
E, por favor, não insista.
Cada um deve viver
Do jeito em que foi criado.
Se você nasceu assim,
Tem que ser um conformado.”
Esta pequena lição:
‘O egoísmo é a chave
Da porta da solidão”.
Fábula atribuída a Esopo, adaptada e versificada por mim.
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