terça-feira, 4 de julho de 2017




         J U S T I Ç A

Poema de Dulcinéia Zulmach Lemos Pereira.

Justiça, creio em ti,
Em tua força e sabedoria!
Tu que, mesmo antes do princípio da isonomia,
Sempre foste desejada pelos que te integram.
Esperada por todos que te almejam,

Representada por um símbolo genérico: mulher.
Sexo frágil, mas forte para decidir.
Simples estatueta, mas complicada para ser entendida.
Dona de desejos alheios, escrava de regras,
Fascinante em teus mistérios,
Sedutora em teu silêncio
Explosiva em tuas palavras.

Coerente, imparcial,
Sempre com olhos vendados
Para que não perdurem dúvidas
Quanto aos pesos a serem contrabalanceados

Justiça, aclamada pelas multidões,
Todos esperam por ti.
Alguns te usam como escudo para encobrir erros próprios.
Assim agem, porque não te conhecem.
Pois, se assim fosse, não usariam o teu nome em vão.
Acham que têm o poder de negociar-te,
Como se tu pertenceste só a este mundo.
Pobres coitados!
Não entendem que és aqui instrumento dos homens.
Mas de onde vieste, és instrumento de Deus

..." Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem.."

2 comentários:

  1. Que lindo! Pena que nossa justiça anda tão devagar...

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    1. obrigado, amiga Francisca.O poema,de autoria de minha ex-aluna, é muito bom mesmo.

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