domingo, 5 de julho de 2015
A MOSCA E A MULA
Certa mosca petulante
Na anca da mula pousou
E foi logo lhe dizendo;
"'com muita pressa eu estou!
De tuas patas no chão
Nem o barulho eu ouço.
Se não andares depressa,
Picarei o teu pescoço"
A mulinha,devagar,
Continuou seu caminho.
Disse apenas para a intrusa,
perto do seu ouvidinho:
"Mosquinha, mosquinha tola,
Como és tão insolente!
Só obedeço a meu amo
Com seu chicote estridente.
Ele é quem me governa
Aqui do primeiro assento;
Sei onde devo parar
E tomar meu alimento."
Com estas duras palavras,
O inseto foi-se embora.
E a mula continuou
Seu destino estrada a fora.
Para os que lerem a história,
Fica esta lição sutil;
"deverá ser desprezada
A insolência do imbecil".
Obs: fábula de Fedro, por mim versificada.
Geraldo de Castro Pereira..
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