O S A P O E O E S C O R P I Ã O
Para se aquecer ao sol
O sapo saiu do rio.
Ainda estava no inverno
E fazia muito frio.
De repente, o sapo viu
Um feroz
escorpião.
Tinha um corpo todo escuro
E um afiado ferrão.
Do sapo ali quietinho
Perto o escorpião chegou.
O anuro deu um pulo
E do intruso se afastou.
De novo o escorpião
Foi chegando
devagar.
E disse para o sapinho
Para não se assustar.
E pediu-lhe um favor,
Chamando o sapo de amigo:
-“Leve-me pro outro lado
Desse rio, sem
perigo”.
“Estás louco?”, disse o sapo.
Nas costas vais me picar.
Eu fico paralisado.
No rio vou me afundar”
O escorpião, muito esperto,
Com lógica jogou bem:
“Se eu te picar nas costas,
Eu afundarei também”.
Olhando sob esse prisma,
O anuro concordou.
Pôs o escorpião nas
costas
E atravessar começou.
Chegando ao meio do rio,
Levou tremenda picada
Do malvado escorpião,
Que lhe armou uma cilada.
_”Mas, por que fizeste isto?
Morreremos, com certeza”.Respondeu o escorpião:
“É da minha natureza”.
Existe assim muita gente
Igualzinha ao escorpião:
Usa e abusa de nós,
Depois nos crava um ferrão.
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