quinta-feira, 30 de julho de 2015




           O   S A P O    E   O    E S C O R P I Ã O







Resultado de imagem para escorpiões mais venenosos 

 

 

Para se aquecer ao sol

O sapo saiu do rio.

Ainda estava no inverno

E fazia muito frio.

 
De repente, o sapo viu

Um feroz  escorpião.

Tinha um corpo todo escuro

E um afiado ferrão.

 
Do sapo ali quietinho

Perto o escorpião chegou.

O anuro deu um pulo

E do intruso se afastou.

 
De novo o escorpião

 Foi chegando devagar.

E disse para o sapinho

Para não se assustar.

 
E pediu-lhe um favor,

Chamando o sapo de amigo:

-“Leve-me pro outro lado

Desse  rio, sem perigo”.

 
“Estás louco?”, disse o sapo.

Nas costas vais me picar.

Eu fico paralisado.

No rio vou me afundar”

 
O escorpião, muito esperto,

Com lógica jogou bem:

“Se eu te picar nas costas,

Eu afundarei também”.


Olhando sob esse prisma,
O anuro concordou.

Pôs  o escorpião nas costas
E atravessar começou.


Chegando ao meio do rio,
Levou tremenda picada

Do malvado escorpião,
Que lhe armou uma cilada.

 
_”Mas, por que fizeste isto?
Morreremos, com certeza”.

Respondeu o escorpião:

“É da minha natureza”.

Existe assim muita gente
Igualzinha ao escorpião:

Usa e abusa de nós,
Depois nos crava um ferrão.


 Obs: esta historinha ,de domínio público, foi por mim versificada. Se gostarem, ficarei contente.
 
Geraldo de Castro Pereira

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