sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Ame-se e valorize-se!

"Você é alguém especial...Celebre ser quem você é...Ame-se física, mental e emocionalmente como amaria um amigo querido. Encoraje-se a crescer, não com críticas, mas com aceitação.

Uma pessoa que não se ama é incapaz de amar outra pessoa ou alguém, pois o amor é algo que vem de dentro pra fora.Tenha sempre amor no coração,gratidão e alegria de viver.

Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Reconheça seu erros e suas limitações.Não se trata de ser acomodado, pelo contrário;tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo.

Esqueça o passado, abra mão das decepções, das desilusões e da culpa.Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças. Transforme os lamentos em decisões .

Tire tempo para o lazer. Escolha algo que você gosta de fazer e programe-se dentro do seu tempo, assim como faria se tivesse um encontro importante. Faça disso uma prioridade.

Estabeleça metas.
Mude as estratégias,trace novos rumos,faça novas opções,respire novos ares.
Sinta as emoções e o prazer de realizar aquilo a que você se propôs.

Faça escolhas.Você é livre para mudar, para crescer, e para escolher como irá viver o resto da sua vida. Escolha ser feliz!

Busque o sucesso com determinação e persistência. Supere limites ,creia e inove.
Se ocorrer o fracasso,encare como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade.

Confie em você.No seu próprio valor, nas suas qualidades, ainda que os outros não reconheçam ou não concordem com você. Estabeleça a oportunidade a curto ou longo prazo,de realizar seus projetos pessoais,sociais e profissionais.

Trabalhe seu auto conhecimento ,seus valores e analise o que é realmente importante para você. Dedique mais tempo a você.

Partilhe os seus conhecimentos,as suas experiências e sua história. Sempre podemos ensinar e aprender com os outros. Você não precisa fazer tudo sozinho.

Sempre é tempo de rever a sua vida à luz da Palavra de Deus.“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”

Texto: Ame-se e valorize-se!

Autora; Rosemary de Ross -site www.rosemaryross.com.br

domingo, 25 de dezembro de 2016




 SOU FEITO DE RETALHOS

Texto atribuído à poetisa Cora Coralinaa

 
"Sou feito de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior... Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade... que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados... Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.
Portanto, obrigado a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de 'nós'."

 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016





PIB - Perfeito Idiota à Brasileira

 

O perfeito idiota brasileiro detesta ler, então este texto é inútil, certo? Errado. Qualquer um corre o risco de se comportar assim.

Publicado por Italo Spagliari

 

Ele não faz trabalhos domésticos. Não tem gosto nem respeito por trabalhos manuais. Se puder, atrapalha o trabalho de quem pega no pesado. Aprendi isso em criança: só enfia o pé na lama com gosto quem nunca teve o desgosto de ir para o tanque na área de serviço, depois, esfregar o tênis ou a chuteira debaixo de água fria. Só deixa um resto de bebida secar no fundo de um copo quem nunca teve que fazer o malabarismo de meter a mão lá dentro com uma esponja, com a barriga encostada na pia, para tentar lavá-lo.

Trata-se de uma tradição lusitana, ibérica, que vem sendo reproduzida aqui na colônia desde os tempos em que os negros carregavam em barris, nas costas, a toalete dos seus proprietários, e eram chamados de “tigres” – porque os excrementos lhes caíam sobre as costas, formando listras que lembravam a pelagem do animal. O perfeito idiota brasileiro, ou PIB, não ajuda em casa também por influência da mamãe, que nunca deixou que ele participasse das tarefas – nem mesmo por ou tirar uma mesa, nem mesmo arrumar a própria cama. Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Não é com ele. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que pede um copo d’água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é um especialista em nãofazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se apoiam, nos outros, não reconhece obrigações e que adora levar vantagem. Esse é o seu esporte predileto – transformar quem o cerca em seus otários particulares.

O tempo do perfeito idiota brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga para deficientes ou para idosos no shopping. É o casal que atrasa uma hora num jantar com os amigos. A lei e as regras só valem para os outros. O PIB não aceita restrições. Para ele, só os privilégios e prerrogativas. Um direito divino – porque ele é melhor que todos os outros. É um adepto do vale tudo social, do cada um por si e do seja o que deus quiser. Ele só tem olhos para o próprio umbigo e os únicos interesses válidos são os seus.

O PIB é o parâmetro de tudo. Quanto mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará. Ele tem preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para de mais. Mesma lógica: quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se insurge contra narizes grandes. O PIB adora isso.

O PIB adora pagar caro. Faz questão. Não apenas porque, para ele, caro é sinônimo de bom. Mas, principalmente, porque caro é sinônimo de “cheguei lá” e “eu posso” e “veja o quanto eu paguei nesse relógio ou nessa calça”. Ele exibe marcas como penduricalhos numa árvore de natal. É assim que se mostra para os outros. Se pudesse, deixaria as etiquetas presas aos itens do vestuário e aos acessórios que carrega. É brega. Compra para se afirmar, para compensar o vazio e as frustrações, para se expressar de algum modo. O perfeito idiota brasileiro não se sente idiota pagando 4 000 reais por um console de vídeo game que custa apenas 400 dólares lá fora. Nem acha um acinte pagar 100 000 reais por um carro que vale 25 000 dólares. Essa é a sua religião. Ele não se importa de ficar no vermelho – a preocupação com ter as contas em dias é para os fracos. Ele é o protótipo do novo rico burro. Do sujeito que acha que o bolso cheio pode compensar uma cabeça vazia.

E o PIB detesta ler. Comprou “50 Tons” para a mulher. E um livro de autoajuda para si mesmo. Mas agora que a novela está boa, ficou difícil achar tempo para ler.


:Fonte: http://www.manualdeingenuidades.com.br/2013/12/09/o-perfeito-idiota-de-classe-media-brasileiro/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016








 A LOJA DE DEUS

Autor Desconhecido

 

      Caminhando pela rua vi uma loja que se chamava a LOJA DE DEUS. Entrei na loja e vi um anjo no balcão. Maravilhado lhe perguntei:

– Santo Anjo do Senhor, o que vendes?

Ele me respondeu:

– Todos os dons de Deus.

– Custam muito caro?

– Não, tudo é de graça.

Contemplei a loja e vi jarros e vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de sabedoria. Tomei coragem e pedi:

– Por favor, quero muito amor de Deus, todo perdão dele, vidros de fé, bastante felicidade e sabedoria para mim e para toda minha família.

Então, o Anjo do Senhor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão. Sem entender, perguntei-lhe:

– Como é possível colocar tantas coisas nesse pequeno embrulho?

O anjo respondeu-me sorrindo:

– Na LOJA DE DEUS não oferecemos frutos: apenas sementes.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016





Cantiga para não morrer

Ferreira Gullar

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.


Moça de sonho e de neve,
me leve no esquecimento,
me leve.
 

 

sábado, 10 de dezembro de 2016






O Mistério da Santíssima Trindade.

 
Numa praia bem deserta

O sábio Santo Agostinho,

Vagaroso, caminhava

E meditava sozinho.

 
Pensava nos seus escritos

E na sua conversão.

Quanta coisa ele ensinou

Ao povo rude e pagão.

 
Mas, o que o preocupava

Naquele momento sério

Era como desvendar

Da Igreja um grande Mistério.

 
E qual seria o mistério

Que lhe trazia ansiedade?

Com certeza era aquele

Da Santíssima Trindade.

 
Não conseguia entender,

(Mesmo sendo um bom aluno),

Pai, Filho, Espírito Santo

A formarem um Deus Uno?

 
Bem concentrado e absorto

Na sua meditação,

Viu de repente um menino

Com uma concha na mão.

 
O garoto com os dedos

Fez um buraco na areia.

Depois, correu para a água,

E trouxe a conchinha cheia.

 
Despejou o conteúdo

No furinho que ele fez.

E depois foi para a água,

Voltando mais uma vez.

 
E assim por várias vezes

Na concha água levava.
E naquele buraquinho

Tudo ele despejava.

 
Santo Agostinho, curioso,

Muito intrigado, por certo,

Chamou aquele menino,

Que estava ali bem perto.

 
-“ O que pretendes, meu filho,
Com esforço tão insano?

Por acaso esvaziar

Toda a água do oceano?

 
Não vês que isto é impossível,

-Disse-lhe num tom ameno -

Colocar toda essa água

Num buraco tão pequeno?”

 
A criança respondeu-lhe

Com tamanha autoridade:

-“Impossível é compreender

A Santíssima Trindade”.
 

 obs:  historinha por muitos conhecida, versificada por mim.

 Geraldo de Castro Pereira

 

sábado, 3 de dezembro de 2016




SÓ DE SACANAGEM

 

ELISA LUCINDA

 

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam
entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo
duramente para educar os meninos mais pobres que eu,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus
pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e
eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança
vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança
vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus
brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e
dos justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva
o lápis do coleguinha",
" Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido
que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca
tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica
ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
o mundo rouba" e eu vou dizer: Não importa, será esse
o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a
quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o
escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde
o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente
quiser, vai dar para mudar o final!

 

"Elisa Lucinda dos Campos Gomes (Vitória, 2 de fevereiro de 1958), é uma poetisa, jornalista, cantora, e atriz brasileira.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, numa vila da Tijuca, em 1986, disposta a seguir a carreira de atriz. Trabalhou em algumas peças, como Rosa, um Musical Brasileiro, sob direção de Domingos de Oliveira, e Bukowski, Bicho Solto no Mundo, sob direção de Ticiana Studart. Integrou o elenco do filme A Causa Secreta, de Sérgio Bianchi.

Seu primeiro trabalho na televisão foi na telenovela Kananga do Japão, em 1989, na extinta TV Manchete.
Fez várias apresentações teatrais, com declamação de seus poemas, e algumas com a participação especial de Paulo José. No mesmo formato apresentou em seguida Eu te amo Semelhante.

Acredita no poema vivo pela declamação, tanto que criou uma associação no Rio de Janeiro de estudo de declamação que promove saraus".
FONTE: GOOGLE

quarta-feira, 30 de novembro de 2016







ONDAS DO MAR


Da relva tenra e macia,
Ali deitado a sonhar,
Contemplo, maravilhado,
As verdes ondas do mar.

Elas vão e voltam sempre!
Elas vão e voltam , vede!
E quase sempre não param,
Como um balanço de rede.

Algumas morrem na praia
Outras vem em seu lugar.
Com suas espumas brancas
Se dissolvendo no ar.

E quando todas se encrespam,
Parece não terem medo,
Mas, logo se despedaçam
De encontro a um rochedo

Vem, ó brisa, levemente
Beijar as ondas do mar!
Para mim és melodia
Que não canso de escutar.

Vinde, ondas, ide marolas,
Neste vai-e-vem sem fim,
Levai bem longe a tristeza
Que mora dentro de mim.

 

Geraldo de Castro Pereira

quinta-feira, 24 de novembro de 2016



                        GRAVIDEZ PSICOLÓGICA




    Maria das Dores Garcia , apesar das dores, era uma mulher forte. Criou sozinha seu filho Tadeu.O marido a abandonou com apenas dois anos de casados.
   Teve vários empregos. Foi doméstica, vendedora de livros, balconista em lojas de roupas.Sacoleira, fez várias viagens ao Paraguai, sendo, inclusive, presa em uma de suas excursões ao passar pela Ponte da Amizade, por suspeita de sonegação fiscal.

   Conseguiu educar seu filho. Ele se tornou um homem de bem, bom filho e culto. Formou-se em Direito É um advogado lutador e já consegue pagar suas próprias contas e ainda ajuda sua mãe nas despesas.
   Das Dores, numa noite em que estava tranqüila assistindo às suas novelas, recebeu um telefonema de sua melhor amiga, de nome Soraia, convidando-a para uma festa. Depois de muita insistência da colega, resolveu ir. Arrumou-se toda, colocou seus brincos de ouro que havia herdado de sua mãe, pôs um vestido sensual combinando com seus sapatos novos. Tinha um corpo bonito, nem gorda nem magra.
   Já estava com seus quarenta e sete anos. Aparentava ser mais nova de idade..
Daí a pouco, sua amiga buzinou e ela desceu.
Soraia morava num apartamento de dois quartos no sétimo andar de um prédio de classe média.
   A casa estava cheia de convidados.Das dores apresentada a várias pessoas. De repente, quando estava tomando uma deliciosa batida de coco, aproximou-se dela um senhor elegante, moreno claro, cabelos grisalhos, bem vestido, mais alto que ela. Seu nome: Roberto. E ali travaram uma conversa longa. Dançaram juntos, de rostinho colado. Ele lhe contou que era viúvo, tinha uma filha de vinte anos, morando sozinha num apart-hotel e ele no centro da cidade.Das Dores, por sua vez, lhe narrou toda sua vida.
   Ao término da festa, Roberto se ofereceu para levá-la em casa. Bem receosa, acabou aceitando a carona. Na porta do seu prédio , ali mesmo se despediram. Antes, trocaram números de telefone.
No dia seguinte, Roberto, ansioso, ligou para ela. Convidou-a para ir a um cinema. Convite aceito.
Começaram a namorar. Ele, apaixonado, recitava versos para ela. E até se lembrou de uma quadrinha que aprendera havia vários anos:”Três Marias, três amores, passaram pelos meus dias: ficou Maria das Dores, a dor maior das Marias.”
   Ao cabo de um ano de namoro, foram morar juntos. Ela se mudou para o apartamento dele. Formavam um casal bem unido. Os filhos da cada um se tornaram amigos.
Uma noite, depois de terem feito amor, Das Dores disse ao companheiro: “queria tanto ter outro filho! Mas, já tenho quarenta e sete anos e minha ginecologista me disse seria muito perigoso eu me engravidar nessa idade.”
   Roberto levou aquele susto. Eles transavam sem camisinha. Mas, ficou sossegado, após uma conversa com um médico, amigo seu.”Fique tranquilo, Beto.Dificilmente ela vai se engravidar. E se isto acontecer, ou ela ou a criança corre perigo de vida ”.
E lhe explicou todas as implicações da gravidez na faixa etária de sua companheira.
Após dois meses daquela conversa, Das Dores parou de menstruar. Começou a sentir náuseas. Percebia nitidamente algo em seu ventre a se mexer. Seus seios se intumesceram. Pensou: “estou mesmo grávida”.
    Esfuziante de alegria, contou a novidade para o companheiro. Ele, meio incrédulo, lhe disse: ”você tem quer ir à ginecologista e fazer exames”. Ela retrucou: “não precisa agora. Sei que estou grávida mesmo”.
    Passados dois meses daquela confidência, resolveu ir à sua ginecologista. Fez o ultrassom. Resultado: não estava grávida. Não se deu por vencida. Submeteu-se a outro exame com médico diferente. O mesmo resultado.
Então, perguntou à ginecologista: “como pode ser? Senti náuseas, minha menstruação parou de vir. Percebi até o feto se mexendo!"
Serena, sua médica lhe disse: “você pensa estar grávida: isto se chama gavidez psicológica. Logo, virá sua menstruação.”
    Não deu outra: naquela mesma noite, ao ir ao banheiro, sentiu um líquido a lhe escorrer pelas pernas. Pensou positivamente: “tomara seja urina”. Mas, seu sonho, juntamente com o sangue menstrual, se esvaiu pela descarga do vaso sanitário.


 Crônica de Geraldo de Castro Pereira

sábado, 19 de novembro de 2016





Limpe seus rins. Eles lhe retribuirão.

Os anos passam e nossos rins vão filtrando nosso sangue para remover o sal e outros intoxicantes que entram no organismo. Com o tempo, o sal se acumula e precisamos de uma limpeza.
Como fazer isso? De um modo simples e barato.

 Pegue um maço de salsa e lave bem. Corte bem picadinho e ponha em uma vasilha com água limpa. Ferva por 10 minutos e deixe esfriar. Coe, ponha em uma jarra com tampa e guarde na geladeira. Beba um copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e outros venenos acumulados nos rins saem na urina. Você vai notar a diferença.

 Há muitos anos, a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza dos rins. E é um remédio natural!

 A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas. Ela contém mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária (166mg por 100g). Isto é três vezes mais que a laranja. A salsa contém também ferro (5.5mg /100g), magnésio (2.7mg / 100g), cálcio (245mg / 100g) e potássio (1mg / 100g), sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica menstrual. Sua alta concentração de vitamina C ajuda na absorção de ferro. O suco de salsa, sendo uma bebida natural, pode ser tomado misturado com outros sucos, 3 vezes ao dia. As folhas podem ser mantidas no congelador, e seu uso é recomendado na culinária diária, pois, além de saudáveis, dão ótimo sabor a qualquer receita.

MUITO BOM PARA HIPERTENSOS.

(mensagem recebida por e-mail)

segunda-feira, 14 de novembro de 2016







 O  MEDO CAUSADO PELA INTELIGÊNCIA

 

 

     Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetes políticas.

     O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:

     "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

     E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil.

    Não é demais lembrar a famosa trova de Antônio Alexo, poeta português:

    Há tantos burros mandando
    Em homens de inteligência
    Que às vezes fico pensando
    Que a burrice é uma Ciência

    Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

    Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

   Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.

   Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

   Como é sábio o velho conselho de Nélson Rodrigues: "finge-te de idiota e terás o céu e a terra".

  O problema é que os inteligentes gostam de brilhar. Que Deus os proteja.
  Outro problema é que nem sempre o poder é fruto da inteligência e o mundo vai de mal a pior.  
  Que Deus nos proteja.”

(Texto enviado a mim por e-mail. Não se sabe qual o autor).

 

sábado, 5 de novembro de 2016




A  VOZ    DO   MAR

 

 Geraldo Carneiro

 

na nave língua em que me navego
só me navego eu nave sendo língua
ou me navego em língua, nave e ave.
eu sol me esplendo sendo sonhador
eu esplendor espelho especiaria
eu navegante, o anti-navegador
de Moçambiques, Goas, Calecutes,
eu que dobrei o Cabo da Esperança
desinventei o Cabo das Tormentas,
eu desde sempre agora nunca mais
cultivo a miração das minhas ilhas.
eu que inventei o vento e a Taprobana,
a ilha que só existe na ilusão,
a que não há, talvez Ceilão, sei lá,
só sei que fui e nunca mais voltei
me derramei e me mudei em mar;
só sei que me morri de tanto amar
na aventura das velas caravelas
em todas as saudades de aquém-mar.



 NOTA: homenagem que presto ao poeta, compositor e roteirista Geraldo Carneiro, de 64 anos,que foi eleito recentemente para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 24, que pertencia ao acadêmico e teatrólogo Sábato Magaldi  Geraldo Carneiro é mineiro, nascido em Belo Horizonte. 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016






 ALVORADA  DO  AMOR

 

OLAVO BILAC

 

Um horror grande e mudo, um silêncio profundo
No dia do Pecado amortalhava o mundo.
E Adão, vendo fechar-se a porta do Éden, vendo
Que Eva olhava o deserto e hesitava tremendo,


Disse:"Chega-te a mim! entra no meu amor,
E à minha carne entrega a tua carne em flor!
Preme contra o meu peito o teu seio agitado,
E aprende a amar o Amor, renovando o pecado!
Abençoo o teu crime, acolho o teu desgosto,
Bebo-te, de uma em uma, as lágrimas do rosto!

Vê! tudo nos repele! a toda a criação
Sacode o mesmo horror e a mesma indignação...
A cólera de Deus torce as árvores, cresta
Como um tufão de fogo o seio da floresta,
Abre a terra em vulcões, encrespa a água dos rios;
As estrelas estão cheias de calafrios;
Ruge soturno o mar; turva-se hediondo o céu...

Vamos! que importa Deus? Desata, como um véu,
Sobre a tua nudez a cabeleira! Vamos!
Arda em chamas o chão; rasguem-te a pele os ramos;
Morda-te o corpo o sol; injuriem-te os ninhos;
Surjam feras a uivar de todos os caminhos;
E, vendo-te a sangrar das urzes através,
Se emaranhem no chão as serpes aos teus pés...
Que importa? o Amor, botão apenas entreaberto,
Ilumina o degredo e perfuma o deserto!
Amo-te! sou feliz! porque, do Éden perdido,
Levo tudo, levando o teu corpo querido!

Pode, em redor de ti, tudo se aniquilar:
- Tudo renascerá cantando ao teu olhar,
Tudo, mares e céus, árvores e montanhas,
Porque a Vida perpétua arde em tuas entranhas!
Rosas te brotarão da boca, se cantares!
Rios te correrão dos olhos, se chorares!
E se, em torno ao teu corpo encantador e nu,
Tudo morrer, que importa? A Natureza és tu,
Agora que és mulher, agora que pecaste!

Ah! bendito o momento em que me revelaste
O amor com o teu pecado, e a vida com o teu crime!
Porque, livre de Deus, redimido e sublime,
Homem fico, na terra, à luz dos olhos teus,
- Terra, melhor que o céu! homem, maior que Deus!"



sexta-feira, 28 de outubro de 2016





R U G A S

 

Autor: Geraldo de Castro Pereira

 

Não tires as rugas em meu rosto!

Por elas passearam muitos anos.

Alegrias e desenganos,

Sem rumo, comigo viajaram sem parar.

 

Não apagues as rugas do meu rosto,

Delas tenho orgulho,

Pois contam os anos que vivi.

São testemunhas de meus erros e acertos.

 

Não tires as rugas do meu rosto!

 

Se feias te parecem,

Então não as mires mais.

Não tires as rugas do meu rosto,

Porque muitas lágrimas elas choraram

E sorriram também.

E foram rasgadas a ferro e a fogo:

São as marcas do meu passado.

Afinal de contas, de que adianta tentares?

Nem conseguirás arrancar minhas rugas,

Porque se entranharam também

No âmago da minha alma!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016





 

ADORMECIDA

 Castro Alves

 Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.

'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.

De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos — beijá-la.

Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...

Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!

E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."

sábado, 15 de outubro de 2016





D I A    D O   P R O F E S S O R




"No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.

No dia 15 de outubro de 1827, Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é profissão. Educador é missão". Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a ideia estava lançada.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fonte:  Wikipedia

quinta-feira, 13 de outubro de 2016





A   V Í R G U L A

 
Sobre a Vírgula (campanha dos 100 anos da ABI - Associação Brasileira de Imprensa):

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere...

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Onde deve ser colocada a vírgula?

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER, ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocará a vírgula depois de MULHER...
 Se você for homem, colocará a vírgula depois de TEM...

segunda-feira, 10 de outubro de 2016





 

O  PROBLEMA   DOS  CAMELOS
 

Este é o problema mais famoso de Malba Tahan, contado no seu livro "O Homem Que Calculava" – Editora Record, 1996. Abordando o tema frações, conta a história da divisão de uma herança de 35 camelos com muita engenhosidade. É um enigma encantador e surpreendente.

Atividade:

35 camelos
Beremiz, o homem que calculava, viajava com um amigo pelo deserto, ambos montados no mesmo camelo, quando encontraram três irmãos discutindo acaloradamente.
- Somos irmãos – disse o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão do meio uma terça parte e o irmão caçula a nona parte dos animais. Não sabemos como dividir dessa forma 35 camelos e a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a divisão, se a terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas?

- É muito simples – aparteou Beremiz. – Encarrego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos este belo animal do meu amigo.
E, voltando-se para o irmão mais velho, falou:

- Deverias receber, meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, isto é, 18. Nada tens a reclamar, pois saíste lucrando com esta divisão!

E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:

- E tu, deverias receber um terço de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com lucro na transação.

E disse, por fim, ao mais moço:
- E tu, deverias receber uma nona parte de 35, isto é, 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável.
E concluiu com a maior segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos sobram dois. Um pertence ao meu amigo, outro toca por direito a mim, por ter resolvido o complicado problema da herança.
- Sois inteligente! – exclamou o mais velho – Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!