quarta-feira, 17 de junho de 2015


           
De quem é a culpa?

 
A moça na praça
Ali sentadinha,

Com as pernas de fora
E a saia curtinha.

 
Um rapaz franzino
Dela se aproxima.

E fica mirando
Embaixo e em cima.

 
Ali extasiado,
Não quer ir embora.

De mirar não cansa
As pernas de fora.

 
A jovem se assusta,
Com aquele sujeito

Bem à sua frente,
Deixando-a sem jeito.

 
Imediatamente
 Suas pernas cobre

Com a bolsa comprada
Em um brechó pobre.

 
Muito apavorada,
Pega o celular

E para a polícia

Começa a ligar.

O moço, com medo,
Sai em disparada.

Atravessa a rua
Bem movimentada.

 
E, por azar seu,
logo ele avista

Um carro veloz
No meio da pista.

 
Tentou sair fora,
Pulando de lado.

Mas, não teve jeito:
Foi atropelado.

 
A moça que estava
No banco sentada

Correu pra salvá-lo:

 foi atropelada.

 
Os dois faleceram.

Por culpa de quem?
Talvez do destino?

Talvez de ninguém!

 
Obs: fiz este pequeno poema, baseado numa ideia fornecida pelo amigo Desembargador Hélio Mário de Arruda. Tornou-se uma tragédia!
Geraldo de Castro Pereira

 

 

 

 

 

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