MEU TOTÓ
Chamado Totó.
Era tão magrinho
Que fazia dó.
Comigo ele ia.
Quer seja de noite,
Quer seja de dia.
Meu acordeom,
Ficava uivando,
Mas, fora do tom.
Um dia, comigo
Levei meu cãozinho
Prá ver meu amigo,
Que era vizinho.
Estava chovendo.
Guiava meu carro,
Por uma estradinha
Repleta de barro.
Coloquei meu cão
Na carroceria.
Mas,ficar comigo
ele só queria.
ele só queria.
E , desesperado,
Meu pobre animal
Pulou de repente
Lá no lamaçal.
Na lama ficou
Todo enterrado.
Freei o meu carro,
Com muito cuidado.
Ouvi um gemido.
Desci para ver
O acontecido.
A cena que vi
Me estarreceu:
Totó esmagado
Embaixo do pneu.
Estava mortinho!
Tirei-o dali
Com muito carinho.
Ao pé de um morro
Enterrei o cão.
Cerquei tudo em volta,
Forrei bem o chão.
Todo vez que eu volto
Àquele lugar
O meu amiguinho
Eu vou visitar.
Meu acordeom.
E ouço um ganido
Bem fora do tom.
Geraldo de Castro Pereira
Boa forma de homenagear um cãozinho com estoriazinha em forma de poema.
ResponderExcluirIvete, é verdade. Ouvi esta frase: " os cães são anjos sem asa". Obrigado pelo comentário.
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