Favela
Favela,
Onde luz é vela!
Favela,
Onde cama é chão.
Fornalha de lenha
Pra cozinhar o quê?
Se chove,
Tudo molha,
Ninguém olha
E ninguém se
move
Em sua direção.
Farrapos de gente,
Barrigas vazias,
Mas cheias de fome
E de vermes famintos.
A sujeira é a veste
De suas nuas peles.
De que adianta
Falar para esta gente
Palavras belas,
Cheias de balelas?
Falar-lhes de Deus?
Contar-lhes que Cristo foi pobre
E morreu numa cruz?
Levar-lhes esmola,
Dar-lhes leite e pão?
Não, só isto não basta. Mil vezes, NÃO!
Do que precisa essa gente
é de instrução,emprego, saúde, segurança,
VIDA DECENTE!
é de instrução,emprego, saúde, segurança,
VIDA DECENTE!
Ensinem-lhes a pescar!
Não pesquem pra eles, não!
Onde luz é vela,
Favela de povo pobre,
Tem solução?
Obs. Este poema foi escrito
quando eu era ainda estudante de Direito na Puc-Minas. Fui visitar uma favela de Belo Horizonte-MG, na companhia de duas assistentes sociais, amigas minhas. As cenas que vi me impressionaram muito.
Muito bonito. E triste. Mas real. Como você viu. As favelas de hoje são diferentes, mas a violência...triste demais.
ResponderExcluir