Monjolo
Era um antigo monjolo
De peroba fabricado.
Batia de noite e dia
Num pilão esburacado.
Aquele tosco monjolo
Que tinha por triste abrigo
Velha casa de tijolo.
O riacho cristalino
Descia lá da chapada.
Despejava suas águas
Nessa máquina antiquada.
E ali gemendo, batia,
Sempre, sempre sem cessar,
Triturando grãos de milho,
Naquele mesmo lugar.
De noite, quando eu dormia,
Me acontecia acordar,
Ouvia a triste batida
Do monjolo a soluçar.
Meditando, eu pensava
Que em cada forte batida
O monjolo ia contando
Os dias da minha vida.
Obs: o poema acima foi escrito, quando eu tinha dezenove anos, lembrando-me da pequena fazenda em que morava.
Geraldo de Castro Pereira
Obs: o poema acima foi escrito, quando eu tinha dezenove anos, lembrando-me da pequena fazenda em que morava.
Geraldo de Castro Pereira
Muito bonito o poema. Dá saudade do tempo de criança e, que ficávamos horas vendo e ouvindo as batidas do monjolo. Parabéns!!!
ResponderExcluirNelba, dá saudade mesmo das batidas do monjolo. Incomodam um pouco; depois a gente se acostuma.Obrigado pelo comentário. Abços.Geraldo
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