A I R M Ã E O I R M Ã O
Um homem tinha dois filhos:
Uma donzela e um rapaz.
A moça era muito feia
E o moço - belo demais.
Eles, brincando no quarto,
Um espelho encontraram.
E, como duas crianças,
No objeto se admiraram.
O rapaz se achou formoso,
Vangloriando-se então.
A moça ficou zangada,
Com os gracejos do irmão
.
Para se vingar do mano,
Com seu pai foi reclamar:
"Como poderá um moço
Num espelho se mirar?
Pois, espelho é um objeto
Só pra mulher, com certeza.
E um homem não pode usá-lo
Para ver sua beleza".
O pai abraçou os dois
E lhes deu este conselho:
"parai com esta bobagem
E pegai logo este espelho.
Todo o dia podereis
Olhar-se nele, à vontade:
_Filho, usarás a beleza
Pra combater a maldade.
-E tu, minha filha amada,
Deixa de lado os ciúmes!
O importante é cultivares
Sempre, sempre os bons costumes".
Quem só pensa na aparência,
Muitas vezes se ilude:
"Toda a beleza se esvai,
mas fica sempre a virtude".
Fábula de Fedro, por mim versificada.
Geraldo de Castro Pereira.
Verdade. Muito bom.
ResponderExcluirObrigado,Leonardo.
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