S E L V A E S C U R A
“ Nel mezzo del cammin di nostra vita
Mi ritrovai per una selva oscura,
Ché la diritta via era smarrita."
Dante Alighieri (in "DIVINA COMÉDIA")
Na nostalgia da existência aflita
Uma sombra fluídica inquieta se agita.
Sidéreos vultos atônitos,
Em cada curva
catatônicos,
Campeiam, ao léu,
pelo mausoléu
Da inteligência turva.
Raios fugidios
Faíscam na atmosfera opaca
Do contingente ser sensibilizado.
E sinto em mim
Um soçobro violento
Que, aos quatro ventos,
Para bem longe lança
A barca da Esperança.
E neste vórtice infinito
Vou seguindo, sôfrego,
Cansado e trôpego,
Com um grito
Engasgado na garganta
Sem guia, sem rumo
Eu tombo e me aprumo.
E nesta selva escura
Vou tateando a amargura
Do meu solitário
E merencório mundo.
Geraldo de Castro Pereira.
Muito bom! parabenizo pela profundidade das palavras.O autor no momento de aflição,onde retrata"na nostalgia da existência aflita".Força sempre.
ResponderExcluirObrigado,Ivete, pelo comentário elogioso e excelente análise do poema. Abços.Geraldo
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