quarta-feira, 1 de abril de 2015
D E S E R T O
Meu espírito irrequieto
Tornou-se um deserto
Por onde sigo
Só comigo
Num passo incerto.
Nele não chove,
Nada se move,
A não ser o meu corpo
Cansado e trôpego
De tanto andar.
E o sol se esconde,.
Não sei até aonde
Eu irei chegar.
A areia de dia
Torna-se quente,
De noite se esfria.
Não tenho bússola
Nem uma estrela
Para me guiar..
Tudo é miragem,
Não há paisagem,
Só o deserto,
Atento e esperto,
A me espiar.
E vejo fantasmas
Como miasmas
Ao meu redor.
Triste e faminto,
E então eu sinto
Neste momento
Ao mesmo tempo
Frio e suor.!
Açula o vento,
E vem a noite
com seu açoite
Para me tragar!.
Graldo de Castro Pereira
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