O sol oculta o seu semblante louro
Atrás dos montes, tão soberbo e lento,
Esparzindo no azul do firmamento
Lindos borrifos caprichosos de ouro.
Solta o urutau um tétrico lamento.
Os sapos no riacho sonolento
Coaxam numa batucada em coro.
Os curiangos pela estrada a fora
Alegremente saltitando vão.
Brisa sutil numa canção sonora
Cochicha nas ramagens da capoeira.
E as sombras, se arrastando pelo chão,
Cobrem depressa a natureza inteira.
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