sexta-feira, 8 de maio de 2015

   S E L E N I T A




A lua cheia


 

Queria ser um selenita,
habitante eterno da lua.
Lá, com certeza,
Não existe chibata
para me bater na vida.
Lá gozarei da amizade de São Jorge.
Cuidarei do seu cavalo,
Alimentando-o todo o dia
com flocos de nuvem.
De São Jorge serei escudeiro
Como Sancho Panza
De Don Quixote guerreiro...

Lá terei tempo para viver
E meditar sobre as pessoas,
Tristes ou alegres,
Vivas ou moribundas,
Ricas ou pobres
De todas as raças,
E de todas as cores,
Separar ódios
Dos verdadeiros amores.

Lá  queria morar,
onde teria uma visão
Mais panorâmica
Da nossa terra.
Poderei prever os furacões,
Prevenir os vendavais,
Terremotos e maremotos.
proteger os terráqueos dos perigos.

De lá poderei apontar
Os inimigos da natureza,
Como os poluidores dos nossos rios,
Desmatadores das florestas.,
Dizimadores de nossa fauna

Na lua com certeza será um lugar
Mais tranqüilo e aprazível
Que na “Pasárgada” de Manuel Bandeira,
Onde poderei estender minha rede,
Ficar mais desperto,
Para ver bem de perto
O azul da terra
E o briho das estrelas.
 

Geraldo de Castro Pereira.


















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