A RAPOSA E A CEGONHA
Certa vez, uma raposa,
Malandrinha e sem vergonha,
Convidou para um jantar
A sua amiga cegonha.
A cegonha agradeceu-lhe
O convite de bom grado.
E voou toda contente
Para o almoço marcado.
Mas, quando chegou à casa
Da raposa desalmada,
Viu que a comida era líquida
Numa pedra derramada.
Bicou, bicou muitas vezes:
Nenhum sucesso logrou.
Aborrecida e faminta,
ao seu ninho retornou.
A cegonha, injuriada,
Pensando numa vingança,
Retribuiu o convite
Para uma comilança.
Dona raposa, gulosa,
O convite aceitou.
Para a casa da cegonha
Depressa pra lá rumou.
Qual não foi sua surpresa,
Depois de tão grande estafa:
O alimento todo estava
Picado numa garrafa.
A cegonha se fartou
Com tão gostosa comida,
Introduzindo seu bico
Na garrafa bem comprida.
Para a raposa famélica
Só restou ficar olhando
Ou lambendo a garrafa
Por fora e só lamentando.
Como moral desta fábula
Só tenho a acrescentar:
“Quem é nocivo aos outros,
Algum dia irá pagar”.
(Fábula de Fedro, por mim versificada, extraída de minha obra "Fábulas Di-versificadas - Ed.Protexto)
Geraldo de Castro pereira
Adorei, perfeito, você é genial.
ResponderExcluirAbraços
claudia
Cláudia, obrigado pelo elogio. Abços,
ResponderExcluir.Geraldo