HOMENAGEM PÓSTUMA AO GRANDE AMIGO DESEMBARGADOR MANOEL
MEDEIROS
Qual astro que desaparece no céu, mas deixa um rastro de luz que durará por muitos anos, assim partiu meu amigo e colega, Desembargador Aposentado do TRT-!7ª, Manoel Medeiros, aos 75 anos de idade,
Qual astro que desaparece no céu, mas deixa um rastro de luz que durará por muitos anos, assim partiu meu amigo e colega, Desembargador Aposentado do TRT-!7ª, Manoel Medeiros, aos 75 anos de idade,
Mineiro nascido, segundo ele, na única
cidade de Minas Gerais que possui mar, (pelo menos no nome) - Mar de Espanha. Quando se casou, foi morar na
cidade de Petrópolis/RJ, com sua dedicada esposa, Da. Ana Medeiros, onde criou
seus dois filhos, Júnior e Júlio César.
Lá em Petrópolis, além de contador, advogou , com
brilhantismo, durante muitos anos, tendo , inclusive, ocupado o cargo de
Secretário da Fazenda Municipal daquele Município. Depois, fez concurso para
Juiz do Trabalho na primeira Região, tendo tomado posse em março de 1979. Foi
juiz substituto em diversas Varas do Trabalho ( antes Juntas de Conciliação e
Julgamento) , posteriormente nomeado Juiz
titular da Primeira Junta de Conciliação e Julgamento de Vitória, indo ,
finalmente , ocupar a presidência da Terceira Junta de Conciliação e
Julgamento de Vitória.
Quando instalado o TRT da 17ª
Região, foi nomeado Juiz do Tribunal em dezembro de 1990 (ainda não havia a
denominação de Desembargador), onde atuou até sua aposentadoria, ocorrida em
março de 1997. Tive o prazer e a honra de substituí-lo, muitas vezes, no Tribunal, por indicação dele próprio.
Sua trajetória pela Magistratura
trabalhista foi marcada pela dedicação, competência, lealdade e coleguismo,
entusiasmo e amor à sua carreira de Juiz.
Lutou
bravamente pela criação e implantação do nosso Tribunal Regional do
Trabalho –TRT
17ª, mesmo antes do advento da Constituição Federal/88, pois ompreendia a
dificuldade dos advogados e dos jurisdicionados em obterem solução mais rápida
nos litígios em grau de recurso (que, à época, eram julgados no Rio de
Janeiro), além dos problemas relacionados
à parte administrativa.
Bem me lembro: Medeiros chegava a dormir
no próprio local de trabalho, já que sua família permanecia em Petrópolis;
também, para que não houvesse atraso na
prestação jurisdicional, muitas vezes
ele transportava em seu próprio veículo o material necessário para o
funcionamento das Varas de Trabalho (antigas JCJs).
Já no final
de sua carreira, enfrentou com coragem, persistência e vontade de viver, uma
doença maligna e a venceu .
Por diversas vezes, encontrei-o
caminhando no calçadão da Praia da Costa, com a agilidade e destreza de um
jovem, sempre alegre e contando piadas, utilizando-se de um repertório infindável
de dar inveja ao conhecido Ari Toledo.
Após o
falecimento de Da. Ana, veio a dividir sua existência com outra companheira,
Da. Joscenir Comério.
Mas,com
requintes de crueldade e violência, monstros assassinos ceifaram-lhe a vida.
Mas, a Justiça dos homens, embora tardiamente, acabou por julgar culpados esses
executores e mandantes (mandantes que, segundo os autos do processo, foram a sua
segunda companheira e o filho dela). Arrancaram-lhe o corpo, mas não poderão
extirpar-lhe a alma.
Medeiros,
conosco ficarão a saudade de sua convivência e o sentimento da perda de um
grande juiz, amigo e colega.
Requiescat in pace - Descanse
na paz do Senhor. Amém.
Geraldo de Castro Pereira
Bela homenagem ao saudoso Des. Manoel Medeiros.
ResponderExcluirabs
Magaly
Foi o minimo que poderia fazer por ele. Era um colega culto, leal e trabalhador. Não merecia ter aquele trágico fim. Abços.Geraldo
ExcluirMercida homengem a um homem de bem,de muita integridade,solidario para com os colegas de trabalho.Inclusive com vc.,quem foi um grande companheiro de viagem.A maneira sordida com que foi-lhe tirado a vida abalou os amigos e entes queridos,quem guardaram td esse tempo pela JUSTIÇA DOS HOMENS!!! SAUDADE ETERNA!!!Iivete
ResponderExcluirMuito bom Geraldo.
ResponderExcluirObrigado, Hélio.
ExcluirGeraldo, foi uma linda homenagem. Recordo-me como se fosse hoje o dia em que nos recebeu na sua casa com tanto carinho e gentileza. Lamentável perda!
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