segunda-feira, 4 de maio de 2015

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HOMENAGEM PÓSTUMA AO GRANDE AMIGO DESEMBARGADOR MANOEL MEDEIROS



           Qual astro que desaparece no céu, mas deixa um rastro de luz que durará por muitos anos, assim partiu  meu amigo e colega, Desembargador Aposentado do TRT-!7ª, Manoel Medeiros, aos 75 anos de idade,     
Mineiro nascido, segundo ele, na única cidade de Minas Gerais que possui mar, (pelo menos no nome) -  Mar de Espanha. Quando se casou, foi morar na cidade de Petrópolis/RJ, com sua dedicada esposa, Da. Ana Medeiros, onde criou seus dois filhos, Júnior e Júlio César.
 Lá em Petrópolis, além de contador, advogou , com brilhantismo, durante muitos anos, tendo , inclusive, ocupado o cargo de Secretário da Fazenda Municipal daquele Município. Depois, fez concurso para Juiz do Trabalho na primeira Região, tendo tomado posse em março de 1979. Foi juiz substituto em diversas Varas do Trabalho ( antes Juntas de Conciliação e Julgamento) , posteriormente nomeado  Juiz titular da Primeira Junta de Conciliação e Julgamento de Vitória, indo , finalmente , ocupar a presidência da Terceira Junta de Conciliação e Julgamento de Vitória.
Quando instalado o TRT da 17ª Região, foi nomeado Juiz do Tribunal em dezembro de 1990 (ainda não havia a denominação de Desembargador), onde atuou até sua aposentadoria, ocorrida em março de 1997. Tive o prazer e a honra de substituí-lo, muitas vezes, no Tribunal, por indicação dele próprio.

Sua trajetória pela Magistratura trabalhista foi marcada pela dedicação, competência, lealdade e coleguismo, entusiasmo e amor à sua carreira de Juiz.

          Lutou bravamente pela criação e implantação do nosso Tribunal Regional do
Trabalho –TRT 17ª, mesmo antes do advento da Constituição Federal/88, pois ompreendia a dificuldade dos advogados e dos jurisdicionados em obterem solução mais rápida nos litígios em grau de recurso (que, à época, eram julgados no Rio de Janeiro), além dos problemas relacionados  à parte administrativa.

          Bem me lembro: Medeiros chegava a dormir no próprio local de trabalho, já que sua família permanecia em Petrópolis; também, para que não  houvesse atraso na prestação jurisdicional,  muitas vezes ele transportava em seu próprio veículo o material necessário para o funcionamento das Varas de Trabalho (antigas JCJs).

            Já no final de sua carreira, enfrentou com coragem, persistência e vontade de  viver, uma  doença maligna e a venceu .

 Por diversas vezes, encontrei-o caminhando no calçadão da Praia da Costa, com a agilidade e destreza de um jovem, sempre alegre e contando piadas, utilizando-se de um repertório infindável de dar inveja ao conhecido Ari Toledo.

            Após o falecimento de Da. Ana, veio a dividir sua existência com outra companheira, Da. Joscenir Comério.

 Mas,com requintes de crueldade e violência, monstros assassinos ceifaram-lhe a vida. Mas, a Justiça dos homens, embora tardiamente, acabou por julgar culpados esses executores e mandantes (mandantes que, segundo os autos do processo, foram a sua segunda companheira e o filho dela). Arrancaram-lhe o corpo, mas não poderão extirpar-lhe a alma.

Medeiros, conosco ficarão a saudade de sua convivência e o sentimento da perda de um grande juiz, amigo e colega.
Requiescat in pace  - Descanse  na paz do Senhor. Amém.

             Geraldo de Castro Pereira

6 comentários:

  1. Bela homenagem ao saudoso Des. Manoel Medeiros.
    abs
    Magaly

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    1. Foi o minimo que poderia fazer por ele. Era um colega culto, leal e trabalhador. Não merecia ter aquele trágico fim. Abços.Geraldo

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  2. Mercida homengem a um homem de bem,de muita integridade,solidario para com os colegas de trabalho.Inclusive com vc.,quem foi um grande companheiro de viagem.A maneira sordida com que foi-lhe tirado a vida abalou os amigos e entes queridos,quem guardaram td esse tempo pela JUSTIÇA DOS HOMENS!!! SAUDADE ETERNA!!!Iivete

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  3. Respostas
    1. Geraldo, foi uma linda homenagem. Recordo-me como se fosse hoje o dia em que nos recebeu na sua casa com tanto carinho e gentileza. Lamentável perda!

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